Governo sírio diz que há apoio internacional ao terrorismo no país
Na última sexta-feira (27), o Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução para a destruição das armas químicas do país. A crise na Síria foi deflagrada nos últimos meses depois de comprovado o uso de armas químicas, no contexto do conflito entre forças do governo do presidente Bashar Al Assad e da oposição, liderada pelo Exército Livre Sírio.
“Não há guerra civil na Síria, mas é uma guerra contra o terror, que não reconhece nenhum valor, nem justiça, nem igualdade, e ignora quaisquer direitos ou leis”, disse Walid Al Moualem. Ele pediu medidas contra os países que financiam, treinam e dão refúgio a terroristas em seus territórios.
Segundo o ministro sírio, os responsáveis pelo terrorismo são ramificações da Al Qaeda, como a Jabhat Al Nusrah, do Estado Islâmico do Iraque e da Brigada do Islã na Síria.
Moualem se comprometeu a cumprir as obrigações previstas na Convenção para a Proibição de Armas Químicas à qual a Síria aderiu recentemente. Ele insistiu para que a crise no país seja solucionada por meios políticos e deu ênfase à Conferência de Paz de Genebra 2, prevista para novembro.
Na sexta, o governo sírio se manifestou sobre resolução e disse que o documento não faz justiça às vítimas do conflito. Estima-se que, desde o início, em março de 2011, o conflito tenha resultado em mais de 100 mil mortos, 2 milhões de refugiados e 4 milhões de deslocados internos.
“Agora é para aqueles que dizem apoiar uma solução política na Síria interrompam todas as práticas e as políticas hostis contra a Síria, e ir sem condições prévias para Genebra”, disse ele. Moualem sugeriu a criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio, como a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul.