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“Foi um milagre”, diz médico americano curado do ebola

O médico americano Kent Brantly, infectado pelo vírus ebola, recebeu alta hoje (21). Antes de deixar o Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, ele concedeu uma entrevista coletiva, ao lado dos médicos que o trataram. “O dia de hoje é um milagre na minha vida e estou muito feliz por estar vivo e poder encontrar minha família”, disse.

O médico e a missionária americana Nancy Writebol, que deixou o hospital na última terça-feira (19), foram tratados com o medicamento ZMapp. Ambos contraíram o vírus na Libéria. Bastante emocionado durante a entrevista, Brantly disse que “Deus permitiu que sua vida fosse salva”, em resposta a milhares de orações em favor de sua recuperação.

Ele também falou sobre a descoberta da infecção pelo vírus do ebola. “No dia 23 de julho, me levantei passando um pouco mal e logo minha vida teve uma reviravolta, quando inesperadamente fui diagnosticado.”

Kent Brantly e Nancy Writebol foram retirados do território liberiano no começo deste mês em um avião equipado para mantê-los isolados e não permitir que os dois contaminassem outras pessoas.

O diretor da Unidade de Doenças Infecciosas do hospital, Bruce Ribner, disse estar muito contente com o resultado do tratamento. “Eles [os dois pacientes americanos] não representam nenhum risco para a saúde pública e as análises do sangue deles apresentaram resultado negativo do vírus”, contou.

Ribner destacou que a equipe hospitalar aprendeu mais sobre o tratamento de infecções pelo ebola. “Aprendemos que a recuperação é demorada, porque de fato esta é uma doença bastante devastadora”, disse. “Mas em geral os pacientes podem ser tratados e completamente curados”, acrescentou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 1,3 mil pessoas morreram no Oeste africano em decorrência da contaminação pelo ebola.

O vírus se propaga por meio de contato direto com fluidos corporais, como sangue e suor. Sem um tratamento reconhecido até o momento, as infecções podem levar à morte em até 90% dos casos, segundo a OMS.

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