Vida & Saúde

Combate ao mosquito transmissor da dengue e da chikungunya terá investimento para o verão

Antecedendo o Dia Nacional de Combate à Dengue, neste sábado (22), a Secretaria Estadual da Saúde (SES) anuncia o investimento de R$ 2,6 milhões para o combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, o mesmo que também é responsável pela infecção da Febre Chikungunya. O recurso será aplicado nos 130 municípios que registraram a presença de larvas do mosquito.

Os valores deverão ser empregados priorizando a intensificação às ações de prevenção e controle do inseto, que fica mais ativo com o aumento das temperaturas e das chuvas. Os repasses poderão ser empregados para a ampliação da estrutura, constituição e manutenção das equipes de campo e demais ações preconizadas pelo Programa Nacional de Controle da Dengue.

Os municípios beneficiados são os que atualmente encontram-se em situação de infestação do mosquito. A distribuição deles é majoritariamente nas regiões Metropolitana e Noroeste, algumas cidades maiores nas regiões Sul, Serra e Fronteira Oeste além de outras de forma mais isolada.

A quantia destinada a cada um é proporcional à sua população, com um piso de R$ 4 mil. A oficialização dos repasses sairá nos próximos dias com a publicação no Diário Oficial Estado (DOE) da resolução específica aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), instância que reúne representantes do Estado e dos municípios.

Critérios para classificação como infestado

Os municípios, quando não infestados, realizam a vigilância da dengue através de armadilhas espalhadas pela cidade e vistorias em locais estratégicos, como borracharias, ferros-velhos e cemitérios. Nesses locais são coletadas amostras de larvas em água parada que são analisadas nos laboratórios de entomologia.

Para ser considerado infestado, o município precisa de um mínimo de três confirmações de larvas do inseto em sequência. Após a identificação nas armadilhas ou pontos estratégicos, é feita uma varredura num raio de 300 metros. Caso nessa área seja encontrada mais uma larva do Aedes aegypti, é realizada uma segunda investigação num novo raio de 300 metros a partir desse segundo ponto. Quando há, então, mais um foco encontrado, a cidade passa a ser considerada infestada e fica nesta lista até completar 12 meses sem novos registros.

Após ser classificado assim, o município passa a tomar ações de vigilância mais detalhadas, com o monitoramento ocorrendo de casa em casa. Além disso, as secretarias municipais devem passar a contar com, ao menos, um agente de campo para cada mil residências.

Chikungunya

Dengue e febre chikungunya são transmitidas pelos mesmos mosquitos: Aedes aegypti e Aedes albopictus. Embora tenham semelhanças, a Chikungunya não apresenta a forma hemorrágica. Justamente por isso, a letalidade da doença é baixa. Neste ano, foram registrados os primeiros casos dela no país.

Os estados de Amapá, Bahia e Minas Gerais chegaram a registrar casos autóctones, ou seja, com a transmissão dentro do território, que somados tiveram 789 casos. Outros onze estados tiveram registros de casos importados, entre eles o Rio Grande do Sul, onde dois missioneiros em passagem pelo Estado e que atuavam no Haiti foram atendidos e diagnosticados.

A medida básica de prevenção da Febre Chikungunya é o combate aos mosquitos transmissores. As mesmas ações que previnem a dengue são capazes de prevenir também a Febre Chikungunya. Entre as medidas recomendadas, destacam-se: fechar as caixas d'água, tonéis e latões, não acumular água nos pratos de plantas, limpar com escovação os bebedouros dos animais, guardar pneus velhos sob abrigos, manter desentupidas calhas, ralos, toldos e marquises, guardar garrafas com o gargalo para baixo e manter a piscina tratada o ano.

Casos de dengue no ano tiveram queda de 80%
Os registros dos casos de dengue contraídos no Estado neste ano estão 80% menores em relação ao mesmo período em 2013. Foram 45 casos da doença contraídos dentro do RS (chamados de autóctones) confirmados em 2014 contra 229 no ano passado. Apesar da redução, a recomendação da Secretaria Estadual da Saúde (SES) é de que a população continue atenta às medidas preventivas, principalmente com a chegada dos meses mais quentes.

A conscientização por parte da população sobre como evitar ou eliminar o mosquito nas casas é fundamental para manter as notificações baixas. Confira algumas dicas:
– mantenha a piscina tratada o ano inteiro;
– não acumule água nos pratos dos vasos de plantas. Encha-os com areia;
– mantenha desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;
– guarde os pneus velhos sob abrigos;
– coloque embalagens de vidro, lata e plástico em uma lixeira bem fechada;
– limpe os bebedouros de animais com escovação;
– feche caixas d'água, tonéis e latões;
– guarde as garrafas vazias com gargalo para baixo.

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