A equipe utilizou dados da evolução e disseminação da gripe aviária já conhecidos. Com eles, criou um mapa viral de acordo com tempo e o espaço ocupados, segundo o professor Robert Guralnick, da Universidade do Colorado em Boulder, co-autor do estudo, que foi feito em parceria com a Universidade Estadual de Ohio, ambas nos EUA.
As informações genéticas e geográficas foram projetadas em um globo interativo, permitindo aos usuários voar virtualmente pelo planeta e analisar os movimentos e modificações nos genomas conhecidos da gripe aviária, seqüenciados desde que o vírus foi detectado pela primeira vez na China, em 1996.
Os pesquisadores utilizaram uma tecnologia inovadora para mapear a disseminação do vírus pela Ásia, Indonésia, Oriente Médio e Europa através de vários hospedeiros, incluindo seu transporte por certos tipos de pássaros e mamíferos. Eles também utilizaram o supermapa para seguir os traços genéticos prevalecentes em alguns genomas do vírus, que parecem conferir com sua habilidade de infectar rapidamente mamíferos, incluindo humanos.
Como as legendas nos mapas rodoviários, cores e símbolos no supermapa indicam que tipos de hospedeiros carregam o vírus e sua distribuição, abrindo janelas com informações específicas e indicando links.
“Esse é um método completamente novo para integrar e compartilhar conhecimento sobre disseminação de doenças, dando às pessoas uma maneira fácil e rápida de saber das mudanças”, disse Andrew Hill, estudante que participou da pesquisa.
Em um exemplo, o mapa mostra uma linha direta de disseminação da Tailândia para a Europa em um único evento, ilustrando um incidente de 2004 quando diversas águias infectadas foram contrabandeadas para a Bélgica. As aves foram imediatamente confinadas, prevenindo maiores contaminações, e o mapa destaca o evento mostrando como o contrabando de animais pode impulsionar o transporte do vírus.
