Secretaria da Saúde discute medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti no Rio Grande do Sul
A Secretaria da Saúde promoveu nesta quarta-feira (9) um seminário com representantes dos municípios gaúchos para tratar das ações de prevenção à dengue, chikungunya e zika vírus. O encontro discutiu dificuldades, avanços e desafios do enfrentamento ao mosquito transmissor das três doenças, o Aedes aegypti, nos 168 municípios do Rio Grande do Sul mais infestados.
Para este verão, época do ano de maior proliferação do inseto, foi anunciado o investimento de R$ 3,8 milhões para reforçar as ações de vigilância e para uma campanha publicitária em rádios, que já está no ar.
O Rio Grande do Sul registrou neste ano 1.283 casos de dengue. Desses, em 1.039 a doença foi contraída dentro do estado, quando o caso é classificado como autóctone. O Rio Grande do Sul não tem registro de casos de febre chikungunya e zika vírus.
Apesar de ainda não ter casos de zika, a recente descoberta da relação do vírus com o surto de microcefalia no Nordeste do país reafirma a necessidade de uma atenção preventiva especial por parte dos gestores públicos e da população.
Para o secretário-adjunto da Saúde, Francisco Paz, este ainda é um momento oportuno para a adoção de medidas de combate ao inseto, “temos que discutir tudo aquilo que precisamos e temos que fazer daqui para frente”. “A situação é considerada de calamidade. Podemos até agora não ter registado casos de zika ou microcefalia. Mas é nossa responsabilidade estarmos preparados e organizados”, destacou.
Na última semana, o governo do Estado lançou o Comitê Estadual Intersetorial de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti. A ação tem foco nos 12 municípios que registraram o maior número de casos de dengue autóctone. Somados, essas cidades representam 98% dos 1.039 casos registrados em 2015. São eles: Caibaté, Santo Ângelo, Panambi, Erval Seco, Novo Tiradentes, Porto Alegre, Sarandi, Santa Rosa, Redentora, Ibirubá, Carazinho e Giruá.
A Secretaria da Saúde está mobilizando os municípios para usarem todo o maquinário das prefeituras para limpar ruas, terrenos baldios e lixo, locais propícios para a formação de criadouros do mosquito. Além disso, vai treinar agentes de saúde dos municípios para iniciar as visitas domiciliares, que neste verão deverão contar com o reforço do Exército.
Medidas de prevenção contra o mosquito
Atualmente o Rio Grande do Sul apresenta 168 municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. Para combater o mosquito, a população pode adotar alguns cuidados simples em suas casas e pátios, para impedir o desenvolvimento das larvas do inseto. Deve-se, principalmente, evitar o acúmulo de água parada, que é onde o inseto se reproduz. Entre as principais recomendações, destacam-se:
– Tampar caixas d’água, tonéis e latões,
– Guardar garrafas vazias viradas para baixo,
– Guardar pneus sob abrigos,
– Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia,
– Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises,
– Manter lixeiras fechadas e
– Manter piscinas tratadas o ano inteiro.
A Secretaria da Saúde reforça ainda que a população precisa atender os agentes de campo e permitir a visita nas residências para a busca de possíveis criadouros do inseto.