IBAMA/RS apóia criação de Unidade de Conservação no Banhado do Maçarico
O manifesto tem como apoiadores diversas instituições, universidades, órgãos ambientais e ONGs que (assim como o IBAMA/RS) defendem a criação da referida UC, pois sustentam que o Banhado do Maçarico é considerado área importante para a conservação das aves no Estado do Rio Grande do Sul, com registro de diversos passeriformes ameaçados de extinção.
O Banhado do Maçarico está situado ao norte da Estação Ecológica do Taim e ao sul do estuário da laguna dos Patos, áreas igualmente importantes para a conservação das aves. No Banhado foram registradas pelo menos 170 espécies de aves, sendo a maioria espécies aquáticas ou campestres, com poucos representantes florestais.
Assinam o documento em apoio à criação da UC, entre outros, o Instituto de Biociências e o Departamento de Ecologia da UFRGS; a Fundação Zoobotânica (FZB); o curso de pós-graduação em Biologia da Unisinos; a Sociedade para Conservação de Aves do Brasil (BirdLife Internacional); as ONGs Amigos da Terra e Agapan.
Fiscalização
No início deste ano, o escritório do IBAMA em Rio Grande realizou uma operação de fiscalização no Banhado do Maçarico, a pedido do Ministério Público Federal, quando foi autuada a empresa Bianchini S/A Indústria Comércio e Agricultura, por plantio de 200 hectares de eucaliptos em uma propriedade de cerca de 750 hectares.
O valor arbitrado para a multa foi de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), o que equivale a R$ 5.000,00 por hectare de eucalipto plantado em Área de Preservação Permanente (APP). O valor da multa considerou não somente o porte do empreendedor, mas principalmente o fato da área ter sido classificada pelo Ministério do Meio Ambiente segundo sua importância biológica e prioridade de ação como extremamente alta.
Paralelo às ações de fiscalização, o IBAMA/RS apóia à criação de Unidade de Conservação no Banhado do Maçarico por entender que entre as suas atribuições (além da fiscalização) está a preservação de ambientes de relevante importância ambiental, pois se tratam de áreas consideradas prioritárias para a conservação da biodiversidade no Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil.