A Casa Espírita – 9/10 – Atividades Administrativas
“Dá conta de tua administração”
Jesus (Lucas, 16:2)
“(…) Para se fazer algo sério, é necessário submeter-se às necessidades impostas pelos costumes da época em que se vive; essas necessidades são bem diferentes daquelas dos tempos de vida patriarcal e o próprio interesse do Espiritismo exige que se calculem os meios de ação, a fim de que o caminho não se interrompa pela metade. Façamos, portanto, os nossos cálculos, já que vivemos num século em que é necessário saber contar”
Allan Kardec (Testamento Filosófico – 1868 – O Livro dos Médiuns)
As atividades administrativas do Centro Espírita são as destinadas a atender ao seu funcionamento e manutenção, de forma compatível com a sua estrutura organizacional e coma legislação vigente, seja esta municipal estadual ou federal.
O Centro Espírita, para funcionar adequadamente, deve organizar-se de forma própria e independente, observando a maior ou menor complexidade de sua estrutura, visando desempenhar com agilidade e segurança suas atividades, de modo a bem atender aos seus objetivos doutrinários e assistenciais.
Para que se configure efetivamente a existência legal do Centro Espírita é indispensável que haja a constituição de ato jurídico formal, por meio da elaboração de Estatuto Social, aprovado, que deve ser registrado no “Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas”, também chamado de “Cartório de Títulos e Documentos”, no “Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ”, e ainda a constituição de uma Diretoria.
Com fundamento no seu ato constitutivo (Estatuto) e atos regulamentares (Regimento Interno, regulamentos, normas) deve o Centro Espírita planejar suas ações, estabelecendo metas para as suas diversas áreas de trabalho e avaliando os resultados das atividades desenvolvidas. Para isso, deve realizar reuniões e encontros periódicos tanto da sua diretoria como dos responsáveis pelos diversos setores ou departamentos em que esteja organizado, propiciando a manutenção de uma dinâmica de trabalho compatível com os objetivos da Instituição.
A sustentação financeira do Centro Espírita deve decorrer de contribuições espontâneas, colaborações de sócios, e outros meios de obtenção constante de recursos financeiros, observando sempre rigoroso critério ético-moral-espírita.
O Centro Espírita deve preservar a sua independência administrativa. O recebimento de doações, contribuições e subvenções, assim como a assinatura de convênios de qualquer procedência, não podem estar subordinados à aceitação de compromissos que desvirtuem ou comprometam, a qualquer título, o caráter espírita da Instituição ou que a impeçam de atender ao normal desenvolvimento de suas atividades.
Os compromissos e obrigações legais, fiscais e contábeis devem estar de acordo com a legislação vigente.
A atuação de um Conselho Fiscal deve ser atuante principalmente no sentido de prevenir e corrigir práticas inadequadas que possam comprometer a integridade da Casa.
Empresa Divina
No dizer de Divaldo Franco, em um Seminário de Preparação dos Dirigentes Espíritas realizado na Suécia:
“Informou-me o Espírito Manoel Vianna de Carvalho que podemos considerar a atual proposta doutrinária do Espiritismo como pertencente a uma Empresa Divina fundada por Deus, que se lhe tornou o Presidente por Excelência. Tornou-se Jesus o Presidente Administrativo, responsável pelo programa a ser desenvolvido, a partir do momento quando trouxe a Sua Mensagem à Terra na Palestina. (…)”
“(…)
Tudo nessa Empresa é de excelente qualidade, desde o seu Fundador, que é o Supremo Construtor do Universo, tendo como seu Presidente o Incomparável Mestre de Nazaré. Os seus diretores têm-lhe oferecido a própria existência física, toda vez quando convidados para o ministério na Terra; o seu Gerente viveu em função do compromisso que assumiu, deixando o mais admirável legado espiritual de que se tem notícia nos tempos modernos. Para dar continuidade, os Chefes de Setores são elegidos em razão das qualidades morais superiores, assim como os seus Agentes têm sido selecionados com cuidado, sendo a sua proposta a mais sublime de que se tem notícia e que deve ser difundida pelos que estão convidados a fazê-lo e comprometeram-se realizá-la com êxito… (…)”
(Estocolmo, 11 de maio de 2003).