A fúria do mar: Ciclone extratropical sacode o litoral brasileiro
O ciclone extratropical, que alcançou ontem sua maior intensidade no Atlântico Sul com uma pressão central de aproximadamente 975 hPa, trouxe consequências significativas para os litorais das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Com sua vasta extensão e força, o fenômeno gerou uma pista de vento robusta sobre o oceano, provocando um swell que resultou em uma forte ressaca nas costas dessas regiões.
Embora o ciclone continue ativo no Atlântico Sul nesta terça-feira, sua pressão central já se elevou, indicando um sistema menos poderoso em comparação ao dia anterior.
No entanto, o campo de baixa pressão permanece amplo, gerando ventos consideráveis em alto-mar.
As imagens de satélite de hoje revelam uma densa cobertura de nuvens sobre o oceano ao longo das costas do Sul e Sudeste, enquanto o continente experimenta céu claro e tempo aberto na maioria das áreas.
Esse padrão de nuvens está associado ao ar frio impulsionado pelo ciclone, que ao avançar sobre as águas mais quentes, forma a nebulosidade, podendo ocasionar chuvas isoladas sobre o mar.
A MetSul já havia previsto essa ressaca e alertado sobre os riscos para os litorais dessas regiões.
A Marinha do Brasil emitiu avisos de ressaca para o Sul e Sudeste, com previsão de ondas que poderiam alcançar até quatro metros de altura.
Ciclones Extratropicais e Seus Efeitos
Ciclones extratropicais podem ocorrer em qualquer época do ano no Atlântico Sul, sendo mais frequentes nos meses mais frios, entre o final do outono e o início da primavera.
Eles geralmente acompanham massas de ar frio e, quando intensos, costumam causar ressacas significativas na costa brasileira, principalmente nas latitudes médias.
Mudança no Clima: Virada no Tempo e Elevação das Temperaturas
Com o deslocamento do ciclone extratropical e a massa de ar polar se afastando do Brasil, uma massa de ar quente começa a se estabilizar na região central do país.
Esse fenômeno promoverá uma elevação gradual das temperaturas em todo o território brasileiro durante a segunda quinzena de agosto, com possibilidade de máximas que ultrapassam a média histórica para o período de inverno.
No Rio Grande do Sul, o tempo deve permanecer seco e ensolarado até sábado (17), quando há previsão de chuva nas regiões dos Vales, Sul e Campanha.
A partir de segunda-feira (19), os termômetros devem registrar uma alta significativa nas temperaturas, especialmente em municípios da Região Norte do Estado.
Prepare-se para as mudanças climáticas que se aproximam, com temperaturas acima da média e eventos meteorológicos que prometem influenciar o clima em várias partes do Brasil.
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