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A Guerra das Siglas

Assisti no canal 36, uma discussão sobre o MST.

É uma verdadeira guerra de siglas na qual estão envolvidos o Movimento dos Sem Terra, Ministério Público Estadual e a Brigada Militar.

O Advogado Jacques Alfonsin afirmou e não houve contestação, que foi elaborada uma investigação pelo MPE e a BM, “investigação” daqueles típicas dos tempos da ditadura, em que somente um dos lados era ouvido. Vocês lembram?

Presentes estavam dois representantes do MPE.

Igualmente o apresentador do programa, o advogado Martins, afirmou sem ter sido contestado que a alta cúpula do MPE recentemente, em reunião plenária, havia decido acabar com o MST, depois voltando atrás.

Essas duas instituições rasgaram a Constituição Estadual, já que na mesma consta ser atribuição da Brigada Militar o policiamento preventivo-ostensivo.

E segundo sei, o MP é o titular da ação penal, não sendo, pois de sua alçada a investigação criminal.

A já referida Constituição Estadual é igualmente muito clara quanto as atribuições da Polícia Judiciária, que é a atividade investigatória.
Estão causando uma enorme confusão e neste meio tempo, servidores do quadro do policiamento preventivo-ostenviso estão sendo desviados de função, agora para “investigar” o MST.

Já há desvio de efeitivo que serve no Palácio Piratini, na Assembléia Legislativa e até mesmo, embora de forma esporádica, servidores dessa Instituição são mandados ao exterior como observadores “militares” em conflitos os mais variados.

Não posso esquecer que já faz um bom tempo, também são desviados para cuidar da parte interna das cadeias estaduais, quando deveriam se ater à guarda externa apenas.

Ia esquecendo que a tal Fôrça Nacional de Segurança também absorve servidores dela.

Somando-se a todos esses desvios de função há ainda uma carência de efetivo da ordem de mais de 10.000 homens.

E hoje, o governo, no caso dona Yeda, faz de conta que não percebe tal situação.

Se somarmos todos esses desvios, vamos perceber a razão de não mais mais haver o policiamento preventivo-ostensivo, ou seja, a presença nas ruas do brigadiano, aquele que nos conhecia e a quem cumprimentávamos com satisfação, presença que efetivamente inibe os delinqüentes.
A coisa esta chegando a um nível insuportável por parte da cidadania. Não há mais policiamento.

Faz poucos dias, para ser preciso, no primeiro sábado deste mês, pela manhã, parei no restaurante do quilômetro 1 da Estada do Mar para tomar um café, pois estávamos indo a Estrela conhecer minha neta, a Giovana, que havia nascido no dia 31 de maio.

Estávamos, a mãe do meu genro, minha nora e eu.

Todos tomávamos café.

Lá chegou uma guarnição da BM, composta de um soldado e um sargento.

Conversei com ambos, e foi aí que fiquei sabendo que havia somente duas viaturas e quatro homens para atender todos o município de Osório, desde a altura do pedágio da Free Way, divisa de Osório com Santo Antônio da Patrulha até a divisa de Atlântida Sul com Xangri-Lá.
 
Convenhamos, é muito chão para tão poucos profissionais.

Essa é uma verdade incontestável.

Como assino coluna no Litoralmania e cobro a falta de policiamento, o sargento que me reconheceu, entrou no site e lascou um comentário de que eu estava comendo dois croquetes e tomando um café, o que é absolutamente verdade.

Mas ele foi mais longe, pois escreveu (está lá para quem quiser ler) que eu estava muito bem vestido.

Respeito a opinião dele, mas é óbvio que não iria mal vestido conhecer minha neta, aliás a primeira.

E finalizando seu comentário afirmou que sai em meu carro importado.
 
Isto me obrigou a acrescer uma nota em seu comentário, pedindo ao mesmo que quando me avistar ao volante de um carro importado  me prenda, pois terei passado para o outro lado.

O fato é que as cobranças que faço, desagradam a muita gente.

Isto pouco me importa, pois se tenho espaço, devo usá-lo para expressar aquilo que os demais cidadãos sentem e não podem externar.

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