Colunistas

A Lei do Trabalho

Pergunta 674 – A necessidade do trabalho é uma lei da Natureza?

– O trabalho é uma lei natural, por isso mesmo é uma necessidade e a civilização obriga o homem a trabalhar mais porque aumenta suas necessidades e seus prazeres.

Pergunta 675 -Não se deve entender pelo trabalho senão as ocupações materiais?

– Não. O Espírito trabalha como o corpo. Toda ocupação útil é um trabalho.

O Livro dos Espíritos

Há uma máxima popular proferida com frequência que diz: “No Brasil, o ano começa depois do Carnaval”.

Folclore à parte, ainda que possa suscitar algumas considerações fundamentadas, é uma declaração carregada de metáfora.

A ciência prova-nos cada vez mais que nada no universo está parado, principalmente que todo o movimento provém da manifestação inteligente e que nós, seres providos de alguma inteligência, criamos e influenciamos parte dele.

Cada um de nós sabe o que nos cabe de trabalho nos vários cenários em que atuamos. Alguns são frutos de contingências, outros de próprio mote.

No plano terrestre, no âmbito do trabalho contingente, alguns gozam as delícias de um repouso de quando em vez, outros mourejam sem descanso. No âmbito da vontade própria, cada um dedica o mais que pode ao que lhe realiza.

Trazendo o tema para a Casa Espírita, vemos que o trabalho nunca cessa para aqueles que se propõe a servir.

É certo que durante o período de férias escolares o volume das demandas diminui consideravelmente pela menor afluência de pessoas e férias de grupos de estudo. Contudo, a necessidade de consolo e esclarecimento nunca cessa.

Há sempre um irmão necessitado que acorre em busca de um lenitivo, e as “casas do caminho” precisam estar abertas para os receber.

Nesse sentido podemos parafrasear uma passagem do livro Os Miseráveis, de Victor Hugo: “A porta do médico não deve nunca estar fechada; a da Casa Espírita deve estar sempre aberta.”

Retomado o ritmo escolar normal, as atividades da Casa intensificam-se. O público aumenta em número, os estudantes retornam ao labor da busca do entendimento.

Sendo um ambiente fundamentalmente voltado à educação, planos são traçados para que novas abordagens alavanquem degraus na evolução individual e coletiva.

A palestra pública, o Estudo da Doutrina, e a Evangelização Infanto-Juvenil são as molas mestras de uma Casa Espírita dos tempos atuais.

Trabalha-se para o esclarecimento e consolo do ser, e deste a participação ativa é fundamental.

Oferecem-se cátedras cuja bagagem é embasada na Codificação da Doutrina Espírita e na prática do bem, num período letivo sem data para término e sem graduação estatuída, pois o seu fundamento é a eterna busca do saber e da evolução, que não se encerra na atual existência física.

E nesse intento continuamos a trabalhar, agora mais, pois nas palavras de Emmanuel: “Plantando a felicidade dos outros, encontraremos a nossa própria felicidade.”

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