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A misericórdia do Pai pode chegar a todos – Por Dom Jaime Pedro Kohl

IMG_1180-195x300111111111O papa Francisco continua a surpreender-nos com seu falar direto e afável, ao dirigir-se aos participantes de um curso sobre Foro Interno, nos deixa esta bela reflexão.

A misericórdia, mais do que uma atitude ou uma virtude humana, é a escolha que Deus faz em favor de cada ser humano destinado à sua eterna salvação; escolha marcada com o sangue do Filho de Deus.

A misericórdia divina pode chegar gratuitamente a todos os que a invocam, porque “a possibilidade do perdão está aberta a todos, escancarada como a maior das ‘portas santas’, porque coincide com o próprio coração do Pai, que ama e espera todos, mas de forma especial aqueles que erraram mais e estão distantes”.

A misericórdia do Pai pode chegar a cada pessoa de muitas maneiras: através da abertura de uma consciência sincera; através da leitura da Palavra de Deus que converte o coração, por meio de um encontro com um irmão misericordioso; nas experiências da vida que nos falam de feridas, pecado, perdão e misericórdia.

Recordou que o sacramento da reconciliação é “o lugar privilegiado para experimentar a misericórdia de Deus e celebrar a festa do encontro com o Pai.” A festa é parte do sacramento, da mesma forma que a absolvição.

Destacou que quando, como confessores, “nos dirigimos ao confessionário para receber os irmãos, devemos sempre recordar que somos instrumentos da misericórdia de Deus” e precisamos ficar “atentos para não colocar obstáculos a este dom de salvação”.

É necessário ter sempre uma “atitude de fé humilde e generosa, com um único desejo, que cada fiel possa experimentar o amor do Pai”.

Reconheceu que cada fiel arrependido, depois da absolvição, tem a certeza, pela fé, de que os pecados já não existem e que gosta de pensar que Deus tem uma fraqueza: memória ruim. Ele os esquece.

É importante que “o confessor seja também um ‘canal de alegria’ e que o fiel, depois de ter recebido o perdão, não se sinta mais oprimido pela culpa”.

Lembrou que “somos guardiães, nunca patrões, tanto das ovelhas como da graça” e que precisamos colocar no centro o sacramento da reconciliação, “verdadeiro espaço do Espírito onde experimentamos o único amor definitivo e fiel, o de Deus, um amor que não decepciona nunca”.

Aconselhou que para as situações em que não é possível dar a absolvição, os sacerdotes falem como pais, recordem ao fiel que Deus o ama e deem-lhe a benção.

Obrigado, Papa Francisco.

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osóriodomjaimep@terra.com.br

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