A realidade de um novo ano – Suely Braga
Passados o ribombar dos fogos, as alegrias, a euforia, a fantasia da chegada do Ano Novo caímos na realidade do dia a dia, das correrias, das dificuldades e voltamos a enfrentar as lutas, os desafios.
Vivemos numa sociedade globalizada, individualista, consumista, onde o mercado e o Deus dinheiro comandam o mundo.
A humanidade vive dominada pelo ódio, pelo medo, pelo facismo, onde crassam os preconceitos de cor, de raça, de etnia, de religião.
O Deus Menino nascido numa mangedoura, porque o casal pobre José e Maria não foi acolhidonas, estalajens. Todas as portas fecharam-se para eles.
Será que hoje o Menino Deus foi acolhido em nossas casas, em nossos corações?
Os homens vivem numa indiferença total. Indiferença com Deus, com os irmãos, com o próximo.
Como diz nosso bispo Dom Jaime: ”a indiferença para com o próximo assume diferentes fisionomias. Há quem esteja bem informado, mas não se envolve, não vive a compaixão. Noutros casos a indiferença manifesta-se como falta de atenção à realidade circundante, especialmente mais distante. Outros preferem viver o seu bem estar e seu conforto surdos ao grito de angústia da humanidade sofredora.”Seu egoísmo, individualismo, comodismo impendem de atender os clamores dos deserdados.
Jesus veio trazer o amor, a paz, a justiça,a Salvação numa sociedade também decadente do seu tempo.
A luz do Natal é a nossa esperança dentro desta noite escura que nos envolve, que muitas vezes impede nossa ação.
A esperança é a luz no fim do túnel, para que o sol volte a brilhar, nos anime nas lutas e no leve sempre a recomeçar.
O Ano Novo recomeça e com ele recomeçamos as lutas pelo amor, a paz e a justiça.
Queremos que os políticos em nosso país descubram que a POLÍTICA É A ARTE DO BEM COMUM, da inclusão e da justiça e não defendam somente seus interesses pessoais. Desejamos que o Presidente do nosso país deixe de espalhar e cultivar a cultura do ódio entre a população, aumentar cada vez mais o autoritarismo, acanalhando os jornalistas, impedindo a liberdade de expressão, censurando as obras de arte, impedindo as Universidades e escolas de exercer seu papel de formar cidadãos livres e críticos, calando a voz do povo, interferindo em suas manifestações e protestos, impondo a ditadura no país.