A roupa certa para cada ocasião
Neste início de ano os governos ora empossados recém atrevem-se aos seus primeiros e vacilantes passos. Injustos quaisquer gênero de avaliação ou a política do “não li e não gostei”. Concedamos-lhes os seus cem primeiros dias de direito para “preparar a Casa”, sobretudo porque, lá em Brasília, agora, sim, a máscara vai cair e a nitroglicerina pura irá detonar no colo da Dona Dilma.
Por isso, neste abafadiço janeiro (não sei como estará o tempo no dia de hoje) falemos de amenidades, futilidades, para alguns, porém, de fundamental importância a quem tem “savoir faire”. Joguemo-nos a elas!
São significativas as lembranças dos eventos sociais dos quais participamos tão logo passamos a residir em Capão da Canoa.
Após adquirirmos o convite para jantar dançante, promovido por um clube ou entidade, cujo nome deletamos da memória, a ele quase não comparecemos, em razão da indicação do traje: “Auto” Esporte. Apesar de apaixonado pelos bólidos esportivos, jamais fôramos proprietários de AUTOmóvel esporte.
Toda festa de bom tom traz no convite a indicação do traje a ser usado. Esta é a forma de fazer com que as pessoas se vistam adequadamente à ocasião, evitando os constrangimentos de estar arrumado demais ou de menos para o momento.
Por isso, aquele e alguns outros eventos a que teimosamente insistimos em participar foram – pela ausência ou pela inobservância no convite do fundamental indicativo que é o traje ADEQUADO – autênticos “Circos dos Horrores”.
Errado pensar-se no dito popular “o que é moda não incomoda!”. Não só incomoda como agride ao bom tom.
Viu-se de tudo. E o pior: continua se vendo! Desde emergentes em vestidos de gala até as que se veem como despojadas(?) e no verdor da juventude (de quem?), enfiadas em calças de brim (compradas no “balaião” da C&A) e calçando estrondosas botas brancas, meia-canela (da Pompéia).
Os “manés”, nos mais variados gêneros de calças e, por fora destas, a indefectível camisinha (estava na moda,pessoal, estava na moda!!!) que, de tão curta, ante a tentativa do acrobático passo de dança, deixava a mostra medonhos umbigos e avantajadas barrigas. Outros, em discreto terno e gravata pecando, no entanto, ao calçarem dock sider ou mocassim, compatíveis, estes sim, com o traje esporte, isto é, calça e casaco diferentes (blazer).
Nem tudo está perdido no “Reino das Corujas” se, algum dia os caboclos escolherem o traje certo para o que o convite pede. Basta que alguém do metiér se encoraje e penetre no insondável universo daqueles aldeões. O bom gosto há de agradecer:
Traje Esporte Masculino: calça, camisa e blazer; calçado dock sider ou mocassim; Feminino: sapatos baixos, saia e blusa; calças compridas ou vestidos;
Traje Passeio (Alto Esporte) Masculino: calça e casaco diferentes (blazer), com gravata; Feminino: pantalonas, túnicas, vestidos simples, terninhos, sapatos de salto de médio para alto e bolsas mais discretas;
Traje Passeio Completo ou Social Masculino: terno escuro, gravata , camisa social (branca ou azul muito claro), sapato preto; Feminino: conjuntos ou tailleurs, vestidos mais longos, saltos altos e bolsa pequena;
Traje Black Tie (Gala) Masculino: smoking; Feminino: vestidos longos e sofisticados em tecidos preciosos;
Como eu afirmei no início da crônica: amenidades. Apenas amenidades!