Arquivo/Agência Brasil
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Abrasel critica governo federal por não retomar horário de verão

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) demonstrou insatisfação com a decisão do Governo Federal de não reativar o horário de verão em 2024.

Em coletiva de imprensa, o ministro Alexandre Silveira confirmou que a medida não será retomada este ano e só voltará a ser discutida em 2025.

Para a Abrasel, a decisão ignora benefícios econômicos, sociais e ambientais, prejudicando setores que enfrentam pressão financeira, como bares, restaurantes e o comércio.

Críticas à Decisão e Impactos Econômicos

O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, ressaltou que a economia de 2,9% no consumo de energia, calculada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), é relevante para aliviar o peso das tarifas elevadas.

“Cada economia é essencial para o consumidor brasileiro. No entanto, o governo a considerou irrelevante, mesmo diante do aumento das tarifas e dos riscos no fornecimento de energia”, criticou Solmucci.

Prejuízos para Bares, Restaurantes e Turismo

Além da questão energética, a Abrasel destaca que o horário de verão traria aumento de até 50% no movimento noturno, resultando em um crescimento mensal de 10% a 15% no faturamento do setor de bares e restaurantes.

“A extensão da luz natural entre 18h e 21h seria determinante para atrair mais clientes e aquecer o turismo e o comércio”, explicou Solmucci.

Pesquisa Revela Apoio Popular

Uma pesquisa realizada pelo Reclame AQUI em parceria com a Abrasel revelou que 51,7% dos brasileiros são favoráveis ao retorno do horário de verão, principalmente devido aos benefícios econômicos.

Para a associação, a decisão do governo contraria o interesse da maioria e afeta negativamente setores importantes da economia.

Impactos Ambientais e Dependência Climática

A Abrasel também criticou a falta de visão ambiental na decisão.

O acionamento de usinas termoelétricas, necessário em momentos de escassez de energia, aumenta a poluição, prejudicando tanto o meio ambiente quanto a saúde pública.

“É preocupante ver o Brasil refém das previsões de chuva. Em outros países, essa política é adotada com sucesso e traz benefícios para toda a sociedade”, ressaltou Solmucci.

Decisão Focada em Fator Isolado

A associação finaliza afirmando que o governo priorizou apenas um aspecto na decisão, desconsiderando os impactos positivos mais amplos.

“Esperávamos uma postura mais completa, que considerasse a economia, o meio ambiente e a qualidade de vida. Infelizmente, o setor de bares, restaurantes e o turismo saem prejudicados”, concluiu Solmucci.

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