Adolescentes usam refrigerante para forjar teste positivo de Covid-19

Início do processo de infecção pelo patógeno. Registro do momento exato em que uma célula é infectada pelo novo coronavírus, obtido durante estudo que investiga a replicação viral do Sars-CoV-2 realizado pelos Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral e Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, Instituto Oswaldo Cruz.. microscopia eletrônica; célula coronavírus; sars-cov-2 © Débora Barreto/Fiocruz

Mundo: Estudantes de uma escola de Liverpool descobriram como usar refrigerantes para falsificar um teste Covid-19 positivo, e os autores de um novo estudo alertam instituições de ensino e alunos a estarem atentos.

Desde 1º de julho, vídeos publicados em redes sociais com o termo de pesquisa #fakecovidtest mostram jovens aplicando vários líquidos em testes rápidos de antígeno de Covid-19. Os vídeos foram vistos milhões de vezes, de acordo com o site de notícias britânico.

Estes reportes levaram pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, a estudar os efeitos da aplicação de refrigerantes e adoçantes artificiais nos cotonetes de teste.

Todos os quatro adoçantes testados produziram resultados negativos em testes rápidos de Covid-19, assim como água mineral. Mas 10 dos 14 refrigerantes produziram resultados positivos ou fracamente positivos, sem ligação aparente entre os resultados dos testes e os ingredientes dos refrigerantes, relataram os autores na segunda-feira em artigo publicado na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares.

Desde março, as escolas do Reino Unido pedem aos alunos sem sintomas que façam exames duas vezes por semana, observam os autores.

Um teste positivo pode resultar em uma classe inteira tendo que se isolar em casa.

Com base em suas descobertas, eles aconselham, o teste “deve ser realizado no início da manhã, antes do consumo de qualquer alimento ou bebida, e supervisionado quando possível”.

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