Advogada ferida em acampamento pró-Lula é de Xangri-Lá
A advogava Marcia Koakoski, 42 anos, viajou 618 quilômetros de Xangri-Lá, no Litoral Norte Gaúcho, até a capital paranaense, onde planejou ficar três dias no Acampamento Lula livre.
Na madrugada desse sábado (28), ela foi acordada com disparos de tiros no acampamento Mariza Letícia em Curitiba.
“Acordei à uma e meia da manhã, com uma frenada brusca de carro. Ouvi gritos de ‘Bolsonaro Presidente’, e xingamentos aos vigilantes que estavam ali, nos guardando”. Afirmou Koakoski, ao site da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Em seguida, de acordo com o depoimento, os seguranças do acampamento reagiram soltando fogos de artifício para espantar os agressores. “Mas, nesse momento, um deles ameaçou o companheiro dizendo: ‘vou voltar aqui e vou te matar”, relata.
Quando a discussão acabou, as pessoas no acampamento pensaram se tratar de apenas mais uma bravata – sem consequências mais sérias. “Esse tipo de ameaça tem se tornado corriqueira”, afirmou. Então, Márcia se levantou e foi ao banheiro químico. De lá, ouviu novamente gritaria, rojões e aquilo que imaginou serem tiros. “Nessa hora, ouvi as pessoas gritando: ‘Tem baleado, tem baleado. Foi nesse momento que ouvi um estouro e um impacto em meu ombro.” Ela foi ferida no ombro por estilhaços, mas sem gravidade.
Já, o sindicalista Jefferson Lima de Menezes, 38 anos, que atuava como vigia, foi atingido de raspão no pescoço e foi levado ao hospital, onde segue internado.
A polícia encontrou seis cápsulas de pistola 9 mm no local. Um inquérito foi aberto para investigar o caso, e a Polícia Militar do Paraná promete reforçar o policiamento no acampamento.