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Agência de classificação de risco melhora nota do Brasil

A agência de classificação de risco japonesa R&I elevou a nota do Brasil de BBB- para BBB. Em comunicado, a agência destaca o aumento do número de famílias na classe média e o mercado interno robusto. O rating (nota de classificação) indica para os investidores a capacidade de o país saldar seus compromissos financeiros.

A agência japonesa avalia que diminuiu o risco de a economia brasileira sofrer danos sérios devido a mudanças no ambiente externo. Segundo o comunicado da agência, a inflação no país está cedendo e a situação fiscal permanece favorável.

Para 2012, a agência destaca alguma preocupações. Uma delas é a pressão por aumento de salários de servidores públicos e de benefícios de pensão, além da expansão de gastos com infraestrutura em aeroportors, ferrovias e estádios para Copa do Mundo 2014. Mesmo assim, a R&I acredita que há pouca possibilidade de a disciplina fiscal do país ser corroída seriamente.

Para melhorar ainda mais a classificação, a agência japonesa indica que o governo precisa eliminar gargalos para o crescimento econômico por meio de investimentos crescentes. Também é preciso, na avaliação da agência, aumentar ainda mais os esforços para mitigar as pressões inflacionárias. Para R&I, isso requer o aumento da taxa de poupança interna, que atualmente está abaixo de 20% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas os bens e serviços produzidos no país, e a expansão da taxa de investimento.

A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou nota sobre a nova classificação de risco. Para o a secretaria, “o fato de essa elevação no crédito soberano vir em um momento de extrema volatilidade dos mercados financeiros internacionais demonstra a solidez da gestão da política econômica brasileira”.

No dia 20 de junho, a agência de classificação de risco Moody's Investors Service melhorou a nota do Brasil de Baa3 para Baa2, “com perspectiva positiva”. De acordo com comunicado da Moody's, a mudança na classificação se deve aos “últimos ajustes da política econômica que indicam um desenvolvimento mais sustentável do cenário macroeconômico e melhoria nos indicadores fiscais de médio prazo”.

Em abril, a Fitch, outra agência de classificação de risco, melhorou a nota do Brasil, de BBB- para BBB.

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