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Agente baleada na cabeça: júri condena réu a 82 anos de prisão no Litoral
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Agente baleada na cabeça: júri condena réu a 82 anos de prisão no Litoral

Na madrugada desta quarta-feira (16/10), um réu foi sentenciado a 82 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, após ser julgado pelo Tribunal do Júri no Rio Grande, litoral sul do RS.

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O julgamento, iniciado na terça-feira (15/10) e concluído por volta de 1h30, envolveu a acusação de tentativa de homicídio qualificado de seis policiais civis, incluindo a agente Laline Almeida Larratéa, baleada na cabeça durante uma operação em 1º de abril de 2022.

Condenação e Indenizações

Após a sessão, o réu foi preso e começará o cumprimento da pena imediatamente.

Além disso, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil à agente Laline, que sofreu severas sequelas após o tiro.

Aos demais policiais, foi fixada uma indenização de R$ 20 mil por pessoa.

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O Caso: Atentado Durante Operação de Combate ao Tráfico

Os disparos ocorreram enquanto os agentes cumpriam mandados de busca relacionados ao tráfico de drogas.

Embora cinco policiais tenham escapado ilesos, Laline precisou ser socorrida de helicóptero e passou por cirurgia de emergência.

Desde então, ela sofre com perda de memória. Durante o ataque, o acusado também disparou em direção a uma via pública, mas a Justiça não reconheceu a qualificadora de perigo comum.

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Atuação do MPRS e Defesa da Justiça

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi representado pelos promotores Fernando Gonzalez Tavares e Márcio Schlee Gomes, que destacaram a importância da condenação.

“Esta é uma resposta clara de que a violência contra agentes públicos não será tolerada”, declarou Schlee Gomes.

A promotoria enfrentou desafios ao longo do processo: em abril de 2023, o réu havia sido libertado por decisão judicial, sob o argumento de que o crime configuraria apenas resistência.

O MPRS recorreu, e a 1ª Câmara Criminal do TJ-RS decidiu por unanimidade reformar a decisão, enviando o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri.

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Desfecho e Repercussão

Durante o julgamento, a procuradora Irene Soares Quadros destacou a gravidade das sequelas sofridas por Laline.

“Ela não reconhecia nem o marido nem a filha após o disparo que atingiu sua cabeça.” Laline, que ingressou na Polícia Civil em 2012, é casada com um policial que participava da mesma operação, mas estava em outro ponto no momento do ocorrido.

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