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Al-Fayed quer júri popular no caso da morte da princesa Diana

O milionário egípcio Mohammed al-Fayed anunciou nesta sexta-feira que contestará a decisão da juíza responsável pela investigação judicial da morte da princesa Diana de não incluir um júri popular no processo. Os advogados de Al-Fayed – pai de Dodi al-Fayed, namorado de Diana e que morreu com ela no acidente em 31 de agosto de 1997, em Paris – solicitaram uma revisão judicial da decisão da juíza responsável pelo caso, Elizabeth Butler-Sloss.

– Se o público tem que acreditar no veredicto que finalmente será tomado, é essencial que o público se envolva totalmente no caso. O júri deveria ver as testemunhas que juram dizer a verdade, escutar seu testemunho e chegar a suas próprias conclusões, baseando-se somente nas provas. A menos que haja um júri que possa ouvir todas as provas, não aceitarei o veredicto –  afirmou o milionário egípcio, dono das luxuosas lojas de departamento Harrod's de Londres.

Al-Fayed sempre argumentou que o casal morreu por conseqüência de uma conspiração empreendida pela Família Real britânica e os serviços de espionagem do Reino Unido. A ação legal do milionário poderia atrasar a investigação, cuja segunda audiência preliminar está prevista para 5 de março, segundo o Escritório de Comunicações Judiciais deste país anunciou em janeiro.

Nesse dia, Butler-Sloss presidirá, no Tribunal Superior de Londres, uma audiência na qual será projetada uma reprodução em três dimensões do lugar em que ocorreu o fatídico acidente. Nessa audiência, a magistrada também decidirá a extensão da investigação e escolherá quem irá testemunhar no caso.

A investigação judicial começou no último dia 8, depois de a Polícia ter apresentado o relatório de seu próprio interrogatório, que concluiu que as mortes se deveram a um “trágico acidente”, o que negava a teoria da conspiração insistentemente apresentada por Al-Fayed.

Espera-se que pelo menos 40 testemunhas prestem depoimento para contribuir no esclarecimento das circunstâncias que cercaram a morte da popular princesa.

Diana, de 36 anos, morreu em 31 de agosto de 1997 junto com Dodi al-Fayed, de 42, e o motorista do veículo, Henri Paul, quando o automóvel em que estava se chocou contra a coluna de um túnel localizado junto à uma ponte de Paris. No momento do acidente, o carro do casal era perseguido por vários “paparazzi”.

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