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Alceu Moreira presta homenagem aos 200 anos da colonização portuguesa

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira (PMDB) ocupou o Grande Expediente Especial nesta terça-feira (22) para prestar homenagem aos 200 anos da chegada dos portugueses ao Brasil. Moreira lembrou a arquitetura, a gastronomia, a língua, a música e a cultura portuguesa. “É o dia de relembrarmos as profundas marcas da cultura portuguesa, da sua linguagem, dos hábitos e costumes, da sua arquitetura”, disse. Os portugueses estão para o Brasil e para o Rio Grande do Sul como parte definitiva da formação e do rosto do povo brasileiro e gaúcho”, continuou. “O dia 22 de abril marca a vinda da família real ao Brasil e a abertura dos portos. Para os dois países esta data é muito importante, porque ressalta a importância significativa do início dos laços entre essas duas nações”.

Moreira lembrou que caminhando pelas ruas de Portugal, o visitante tem a impressão de que a cada esquina poderá encontrar algum parente. Eles estão nos nomes e na história, destacou o deputado. Ele lembrou a aventura e a façanha dos antepassados que cruzaram os mares para chegar a terras brasileiras. “Passaram de geração à geração a procurar outros portos seguros, navegando meses e meses em mar aberto sem saber exatamente o que encontrariam, mas com o sonho no rosto daqueles navegantes de encontrar um pedaço de chão. Assim andaram os portugueses, em caravelas”.

Moreira citou o caráter audacioso do português e a sua própria ligação com aquele povo. “Meu sobrenome é Moreira da Silva. O do vice-presidente de Portugal também”, lembrou. Segundo ele, cada cidade gaúcha possui na sua arquitetura uma herança de Portugal. “Em Santo Antônio da Patrulha ou em Rio Pardo, por exemplo, encontraremos nas ruas, nas pedras um pedacinho de Portugal”. Ele lembrou também a hospitalidade portuguesa, dizendo que é tradição na família portuguesa guardar para a visita sempre o que houver de melhor.

A gastronomia tem um gosto e um tempero único. É por isso que esta casa rende as homenagens a este povo. É para nós um motivo de orgulho fazer este reconhecimento histórico aos nossos antepassados. Moreira lembrou ainda as demais etnias que povoaram o país. “Logo depois da chegada da família real no dia 8 de março, nós tivemos outras etnias. Alemães, italianos, espanhóis, polacos. Mas junto veio a escravidão, os negros”, ressaltou. Ele lembrou também os índios, que “testemunhos de que as caravelas pensavam ter encontrado as Índias. Chamamos de índio alguém que é primitivo, o verdadeiro dono dessas terras. E façamos uma homenagem também a eles”, disse. “No rosto do povo brasileiro está a miscigenação. Nós somos a soma de tudo isso”.

Poderíamos fazer a leitura de um texto que fosse o real registro da comunidade luso-brasileira. Poderia fazer leituras do Brasil a partir da chegada da Corte. Mas, para mim, interessa, além da estruturação do país, das fronteiras, das primeiras famílias que chegaram a esta ‘terra de ninguém’, interessa principalmente encontrar de novo o ‘Chico’, o ‘Maneca’, o ‘Juca’. Porque nós temos esses apelidos para figuras queridas nossas. São os nossos familiares”, disse. “Somos uma sociedade infanto-juvenil com direito a todos os arroubos. Estamos em construção”, completou.

Manifestaram-se em apartes os deputados Francisco Appio (PP), Adão Villaverde (PT), Miki Breier (PSB), Edson Brum (PMDB), Adroaldo Loureiro (PDT), José Sperotto (DEM), Raul Carrion (PCdoB) e Paulo Odone (PPS).

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