Análises revelam o que teria matado 3 pessoas após comerem bolo em Torres
As primeiras análises apontam o envenenamento por arsênico como a provável causa da morte de três mulheres que consumiram um bolo no dia 23 de dezembro, em Torres, litoral norte do Rio Grande do Sul.
Exames realizados na mulher de 61 anos, que preparou o doce, e em seu neto de 10 anos, indicaram a presença do elemento químico no sangue.
O arsênico, conhecido como um dos mais potentes venenos da história, é frequentemente usado como conservante de madeira, couro e em inseticidas.
Uma dose de apenas 140 miligramas pode ser fatal, provocando falência celular em poucas horas. Especialistas envolvidos no caso já consideram:
“Estamos diante de um triplo homicídio, mas ainda não sabemos quem é o responsável, nem se houve intenção criminosa.”
As vítimas fatais incluem Maida Silva dos Anjos e Neuza Denize Silva dos Anjos, ambas irmãs, além de Tatiana, filha de Neuza.
Os sintomas — vômitos, dores abdominais intensas, diarreia e náuseas — surgiram logo após o consumo do bolo, sinais típicos de intoxicação por arsênico.
Investigação em andamento
Os investigadores trabalham para determinar como o arsênico foi introduzido no bolo.
Entre as hipóteses levantadas está a possibilidade de um acidente durante o preparo, com o veneno sendo confundido com outro produto.
Na casa da mulher foi encontrado um frasco de inseticida, mas ainda não há confirmação se ele contém arsênico.
Outro detalhe que chamou a atenção foi a morte do marido dela, ocorrida em setembro, também atribuída a intoxicação alimentar.
Na manhã desta sexta-feira (27), perícias detectaram arsênico no corpo de Neuza, reforçando as evidências de envenenamento.
Buscas estão sendo realizadas em busca de frascos ou recipientes que possam conter o veneno, peça-chave para esclarecer os fatos.
A comunidade de Torres está abalada com os desdobramentos dessa tragédia, que coloca em evidência os riscos e mistérios em torno do uso de substâncias altamente tóxicas no cotidiano.
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