Anulada lei no Egito que obrigava mulheres a amamentar homens
Um professor da universidade egípcia de Al-Azhar foi obrigado a retirar uma “fatwa”, lei islâmica, que havia instaurado, segundo a qual uma mulher e um homem só podiam permanecer sozinhos em um mesmo aposento se ela o amamentasse. A ordem provocou escândalo no país e no mundo árabe.
O Islã proíbe duas pessoas de sexos diferentes de ficarem sozinhas em um mesmo ambiente, se não estiverem casadas ou não tiverem um vínculo de parentesco.
Segundo a lei islâmica do professor Ezzat Attia, presidente do departamento Al-Hadith (fatos e palavras do profeta Maomé) de Al-Azhar, uma mulher poderia retirar o véu e permanecer sozinha ao lado de um colega em um local se o amamentasse em cinco ocasiões, dando “diretamente o peito”.
Attia indicou que retirava sua norma e se desculpou pelo mal-estar causado, por meio de comunicado divulgado nesta segunda-feira (21) por sua universidade, o maior centro de teologia sunita no mundo. A polêmica medida havia escandalizado a imprensa egípcia e suscitado fortes críticas nos círculos religiosos do Egito e no Golfo.