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Apenadas de Torres iniciam curso em contrução civil

A parceria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) com a Fundação Maçônica Educacional (FME) oportuniza, pela primeira vez no Litoral, cursos na área da construção civil para cerca de 30 mulheres recolhidas no Presídio de Torres. O objetivo é fornecer às apenadas incentivo e resgate da cidadania, segundo o presidente da FME, Nivaldo Brum.

As aulas iniciaram-se nesta quarta-feira (19) e integram as ações do projeto Sonho de Liberdade, idealizado pela FME. Com 240 horas/aula, a formatura está prevista para o mês de Maio.

As atividades serão divididas em três módulos: noções de eletricidade básica, revestimentos cerâmicos e pintura e textura predial. A teoria e a prática vão ocorrer no pavilhão onde funcionava o albergue masculino. O espaço revitalizado será destinado aos visitantes e também funcionará como sala de estudos.

De acordo com a coordenadora pedagógica da FME, Rita de Cássia Salaberry, as apenadas vão executar benfeitorias no pavilhão, “criando um ambiente mais acolhedor e bonito com a nova pintura”.

A diretora do Departamento de Tratamento Penal (DTP), da Susepe, Sandra Fonseca, destacou a importância das parcerias na recuperação social. “Os trabalhos que oportunizam conhecimentos e qualificação são sempre positivos para o tratamento penal e devemos enaltecer a ajuda dos parceiros”.

As empresas Ibratin Tintas e Revestimentos, a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e a Associação dos Construtores e Incorporadores de Torres são as patrocinadoras do projeto.

A diretora do presídio, Maria Milani, reiteirou as mudanças na área da construção civil, que vem empregando mulheres. “Nossa missão, com os parceiros, é oferecer qualificação, viabilizando chances de elas conseguirem trabalho quando em liberdade. A diretora também lembrou dos esforços de sua equipe para a implantação do projeto naquele estabelecimento.

Representantes das prefeituras de Torres e São Pedro de Âlcantara já anunciaram oportunidades de empregos nos municípios após conclusão do curso e cumprimento da pena. Serão mais de 75 vagas.

Cidadania

O projeto contará ainda com formação complemetar, com carga horária de 35 horas. Serão abordados temas como Regionalismo, Cidadania, Valores Humanos e Éticos, Saúde da Mulher, Drogas, Meio Ambiente. As penitenciárias femininas de Guaíba e Madre Pelletier já formaram mais de 100 apenadas pelo projeto Sonho de Liberdade.

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