Vida & Saúde

Aprovado projeto que obriga planos de saúde a cobrir quimioterapia em casa

A senadora Ana Amélia (PP-RS) comemorou aprovação do seu projeto seu que inclui, no rol dos serviços prestados pelos planos de saúde, o tratamento do câncer em domicílio, via oral. A proposta (PLS 352/11), discutida em audiências públicas com várias organizações que trabalham com pacientes, foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

Em discurso nesta quinta-feira (17), Ana Amélia avaliou que esta é a forma mais adequada do ponto de vista médico para o atendimento às pessoas em tratamento contra o câncer.

Com o atendimento em casa, argumentou, haverá uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes que sofrem com câncer e precisam deixar seus lares para receber um tratamento doloroso. Além disso, a progressista gaúcha salientou que a quimioterapia convencional é agressiva, invasiva, exige internação, deixa a pessoa suscetível à contaminação e mais, ocupa vagas de hospital que poderiam ser usadas para atendimentos de emergência.

A senadora disse reconhecer que isso representa um encargo adicional para os planos de saúde, até porque esses medicamentos têm custo elevado. Por isso, ela disse esperar que a Indústria Farmacêutica Brasileira, como se fosse uma cadeia produtiva, entendesse o espírito dessa iniciativa legislativa e, assim, propiciasse a redução ou o percentual mínimo possível do preço desses medicamentos.

– Para que haja um compartilhamento de responsabilidade social, seja dos planos de saúde, seja da indústria farmacêutica e dos próprios médicos que vão recomendar esses medicamentos -afirmou.

Ana Amélia mencionou ainda outra ideia ligada ao tema: a necessidade de elaborar um projeto que permita o abatimento, do Imposto de Renda de Pessoa Física, das doações feitas a hospitais de apoio comunitário para pacientes com câncer, como o de Barretos, em São Paulo.

O senador Jayme Campos (DEM-MT) elogiou a atuação da senadora no Parlamento e comemorou a aprovação da proposta. Já o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) sugeriu que o Congresso faça um mutirão de aprovação dos projetos relativos à saúde.

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