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Arroz produzido no Rio Grande do Sul será doado a refugiados palestinos

A missão do Governo gaúcho à Palestina visitou, na manhã deste domingo (28), o campo de refugiados de Shuafat, em Jerusalém. A agenda, organizada pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNWRA), foi marcada pelo confirmação de que o Brasil doará aos refugiados 11,5 mil toneladas de arroz, do qual o RS é o maior produtor brasileiro.

A operação foi realizada por meio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas. “Quando estive no Brasil, testemunhei que aquela população tem especial senso de solidariedade e de justiça social. Acho que essa é a oportunidade de avançarmos na cooperação em áreas como desenvolvimento, saúde e políticas sociais”, disse o comissário geral da agência da ONU, Filippo Grandi, que qualificou a presença da missão gaúcha em Shuafat como um gesto histórico.

O governador Tarso Genro e a delegação chegaram ao campo de refugiados por volta das 9h30. Ele foi recebido por alunas e professoras da Escola Básica para Garotas de Shuafat, que portavam bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul. Após breve saudação, Grandi e Tarso realizaram reunião reservada para ajustar os detalhes da doação, bem como outros mecanismos de cooperação.

“Dentro dos marcos da política externa do Brasil, os Estados tem liberdade para elaborar as suas iniciativas. Nesse sentido, vamos pensar em dois níveis de ajuda. O primeiro é político, onde a questão dos refugiados deve ser tratada como prioridade. Temos no Rio Grande do Sul o convívio entre as comunidade israelita e palestina, por isso confiamos em um entendimento”, afirmou o governador. Em outro nível, segundo Tarso, está a parceria e a troca de experiências em áreas como o microcrédito, segurança pública por meio do RS na Paz, além da questão da saúde pública.

Após a reunião e os anúncios na escola, Tarso, Grandi e a missão gaúcha conheceram o campo de refugiados de Shuafat. Por cerca de 30 minutos, as autoridades percorreram as precárias ruas da área, identificando as carências dos mais de 20 mil refugiados que vivem por lá.

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