Aspectos Emocionais e a Psiquiatria do Emagrecimento – Dr. Sander Fridman
Dr. Sander Fridman é Doutor em Psiquiatria pela UFRJ, e atende Psiquiatria Geral, Neuropsiquiatria e Psiquiatria Integrativa.
Não se trata apenas de fechar a boca, embora haja um pouco disso também.
Estudos demonstraram que o acesso à informação sobre boa alimentação e boa saúde prediz a prevalência de obesidade em populações.
Ou seja, convêm aprender a fazer escolhas que sejam a um só tempo palatáveis, saudáveis e dotadas, tanto quanto possível, das necessárias conexões emocionais.
Cada passo na vida alterna entre o que nos empurra numa direção, nossa história, e nossas escolhas em cada momento – onde decidimos que queremos chegar, e onde definitivamente não queremos.
A memória alimentar, as experiências passadas de prazer gastronômico, fundidas com a afetividade das memórias que as acompanham, erotizam nosso paladar, convocam à sua repetição, e à manutenção de certos hábitos alimentares que se tornaram eventualmente inconvenientes, dificultando fazer escolhas distintas daquelas a que nos
habituamos.
Isso se torna particularmente verdadeiro em momentos emocionalmente carregados – de ansiedade, angústia, expectativas boas ou ruins, fragilidade, alegria, euforia. Nestes momentos comumente desejamos nos entregar às vivências e rituais que com elas parecem combinar e fazer sentido: o doce, o churrasco, a cuca, o refrigerante, a cerveja, o vinho, o sorvete, a pizza, a macarronada, cada qual combinando de maneiras muito particulares com a história afetiva de cada um!
Para alcançarmos nossas ambições de saúde e peso corporal, pode ser essencial conseguirmos nos esquivar destes apetites circunstanciais, ou transmuta-los em outros mais convenientes.
Mas isso poderá às vezes demandar um efetivo recondicionamento alimentar racional e emotivo, não raro difíceis de se conquistar sem uma ajuda competente.
Dr. Sander Fridman
Dr. Sander Fridman é Doutor em Psiquiatria pela UFRJ, e atende Psiquiatria Geral, Neuropsiquiatria e Psiquiatria Integrativa.