Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Associação diz que medicamentos podem não chegar aos consumidores

Associação diz que medicamentos podem não chegar aos consumidores
Marcelo Camargo/Agência Brasil

No quarto dia de paralisação dos caminhoneiros, 6,3 milhões de medicamentos, que atenderiam 90% do território brasileiro e 2,4 milhões de consumidores, estão ameaçados de não chegar ao destino final.

O alerta é da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A entidade informou ainda que alguns veículos foram apedrejados e os motoristas agredidos durante o percurso entre os centros de distribuição e os pontos de venda.

Em nota, o presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, afirmou que as principais dificuldades atingem os chamados medicamentos termolábeis, que devem ser mantidos refrigerados e necessitam de temperatura estável até o seu destino final: “algo impossível de ser garantido com um veículo travado nas estradas”.

Mais cedo, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) enviou um comunicado às lideranças grevistas dos caminhoneiros solicitando a liberação de cargas de gases medicinais (como oxigênio, por exemplo), medicamentos e outros insumos hospitalares.

A entidade, que representa 104 hospitais privados espalhados em todos os estados, ressalta que os hospitais associados e parceiros comerciais do segmento começam a detectar queda substancial dos estoques e uma iminente falta de insumos nas instituições de saúde, que pode ameaçar o bem-estar e a vida dos pacientes atendidos.

Pela manhã, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes,disse que os caminhoneiros não estão proibindo a passagem de veículos que transportam itens essenciais como remédios, cargas vivas, produtos perecíveis ou oxigênio para hospital. De acordo com ele, ônibus com passageiros e ambulâncias também estão podendo passar pelos bloqueios.

Agência Brasil

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