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Ativista da Bolívia diz ter direitos violados no Brasil

O presidente do Fórum Boliviano sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Manoel Lima, disse hoje (23) à Agência Brasil  que vem sofrendo uma situação de violação de seus direitos desde o início deste ano. Ele participa, no Rio de Janeiro, do 1º Encontro Sulamericano de Populações Afetadas pelos Projetos Financiados pelo BNDES, aberto pela rede de organizações da sociedade civil  Plataforma BNDES.

No dia 13 de março deste ano, ele foi deportado do Brasil quando participava de assembleia do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em Rondônia. “Sem nenhuma explicação, fui levado para a Polícia Federal, fui fichado e deportado, sem nenhum antecedente e sem nenhum motivo para ser deportado”.

 Em setembro,  Lima fez procuração para retornar ao Brasil, pagou taxa de R$ 99 e obteve a garantia de que, apresentando o comprovante do depósito, não teria problemas para voltar ao Brasil. Para sua surpresa, quando chegou ontem (22) ao Aeroporto de Guarulhos (SP) de onde seguiria para o Rio de Janeiro para o evento da Plataforma BNDES, foi barrado pela PF. O comprovante apresentado na ocasião não estava no sistema da PF e Lima foi obrigado a pagar multa de R$ 776.

 Ele considerou os episódios uma violação do direito de uma pessoa que trabalha  com organizações sociais e instituição ambiental. “Como campesino, a gente tem o direito de se   integrar em qualquer parte da América do Sul e do mundo. Portanto, considero que é uma violação aos direitos, um entrave político contra uma liderança que a gente construiu desde o movimento campesino até a instituição que a gente assessora e que defende os direitos humanos da população indígena e dos camponeses.”

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