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Audiência Pública discute impasse entre surfistas e pescadores

A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Mano Changes (PP), realizou audiência pública no final da tarde desta segunda-feira (8)  para debater o conflito entre os praticantes de esportes náuticos, especialmente o surfe, e pescadores profissionais do Litoral Norte.

Com o Plenarinho lotado, a audiência de iniciativa do deputado Sandro Boka (PMDB) discutiu uma solução definitiva para um problema que já ceifou a vida de 48 surfistas nas praias gaúchas. O presidente da Federação Gaúcha de Surfe defende que as praias disponham de uma área livre de redes com aproximadamente 2 quilômetros por município, sendo que o município com maior extensão de litoral poderá ter mais de duas áreas livres para a prática de esportes.

Representando a Associação dos Pescadores de Cidreira, Paulo Pesca afirmou que no verão os pescadores se retiram, e no inverno quase não há prática de surfe, sendo contrário à proposta da Federação. Waldomiro Hoffman, da Associação de Pescadores de Capão da Canoa disse que a idéia de aumentar a área livre não é boa, pois já existem limites bem claros. “É só o surfista ter respeito à sua própria vida”, concluiu.

O deputado Sandro Boka considera que a delimitação que existe hoje, de 400 metros para a prática de esportes náuticos, é “uma indução à morte; é um espaço muito restrito”. Ele disse que a audiência é um início de debate, uma vez que pela primeira vez os surfistas compareceram para a discussão juntamente com os pescadores e demais autoridades. “Temos que encontrar uma forma de convivência entre pescadores e surfistas, que não traga riscos à vida”, apelou o parlamentar.

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