Brasil amplia consumo de gás boliviano
Segundo a diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Christine de Santana Araújo, o contrato para o fornecimento de gás boliviano foi assinado em 1999, estabelecendo que a quantidade máxima de gás natural fornecida ao Brasil seria de 31 milhões de metros cúbicos por dia. Além disso, o país precisa consumir anualmente a média de 24 milhões de metros cúbicos diários. Em 2009, esse consumo chegou a 22 milhões, abaixo da média estabelecida em contrato.
Em entrevista à Agência Brasil, Symone Araújo disse que um dos motivos da recente ampliação do consumo do gás boliviano é o atendimento a uma regra contratual chamada de take or pay, ou seja pegue ou pague. Segundo a diretora, “o país está consumindo em torno de 27 milhões de metros cúbicos, média das primeiras semanas de maio, para atender às necessidades esporádicas de usinas térmicas ou do próprio mercado. Desta forma, atendemos à regra contratual do take or pay. Estamos usando mais gás para não ter de pagar aquilo que deixou de ser consumido no ano passado”.
Segundo Symone Araújo, o contrato com a Bolívia tem validade até 2019. O gás do país vizinho atende à Região Centro-Oeste e aos três estados do Sul. São Paulo e Minas Gerais são atendidos tanto pelo gás boliviano quanto pelo gás nacional. “Qualquer país que deseja o crescimento do seu mercado”, disse a diretora, “diversifica suas fontes de energia. Hoje, o Brasil tem este contrato com a Bolívia, além de outros dois terminais de gás para exportação. Continuar com a importação do gás da Bolívia é estratégico para o Brasil e para a integração energética do continente”.
A diretora do Ministério de Minas e Energia afirmou que atualmente o mercado brasileiro que utiliza o gás natural “é muito mais robusto e significativo a partir da intensificação do uso do gás natural como fonte energética. Por isso, o gás boliviano tem papel importante neste cenário de desenvolvimento”.