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Brasil articula instalação de embaixada no Afeganistão

Os diplomatas brasileiros articulam a instalação da Embaixada do Brasil em Cabul, no Afeganistão. No sábado (25), uma missão formada por representantes de vários setores do governo segue para a capital afegã, onde fica até terça-feira (28) para fortalecer parcerias. Um acordo técnico entre o Brasil e o Afeganistão foi assinado em 2006 e, em fevereiro deste ano, entrou em vigor.

O Itamaraty informou que a missão brasileira foi organizada para atender à demanda do governo do Afeganistão. Desde os anos 70, o país vive em conflito armado. Diferenças ideológicas, étnicas e religiosas dividem os políticos e os cerca de 10 milhões de afegãos.

Em 2001, no governo do ex-presidente George W. Bush, o Afeganistão foi invadido pelos norte-americanos sob a alegação de que era necessário capturar Bin Laden, apontado como o responsável pelo ataque de 11 de Setembro aos Estados Unidos, que mantém até hoje militares na região.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu, porém, recentemente que a guerra no Afeganistão é cada vez mais impopular entre os norte-americanos. O país é governado pelo presidente Hami Karazai, cuja vitórias nas eleições teve o apoio dos Estados Unidos, mas foi questionada por políticos locais. Diariamente, dezenas de afegãos tentam deixar o país.

A  missão que segue para o Afeganistão será liderada pela Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores. Também integram o grupo representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia, e da Associação Brasileira de Gemas e Jóias (Abragem).

O objetivo é buscar possibilidades de prestar cooperação técnica nas áreas de agricultura, mineração e lapidação de pedras preciosas. Para intensificar os eventuais acordos há reuniões marcadas com autoridades e técnicos afegãos. As reuniões ocorrerão no escritório local do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas.

A ideia é firmar parcerias na área agrícola para o desenvolvimento do cultivo da soja e do trigo, além das técnicas de extensão rural e de extração e beneficiamento de gemas e o fortalecimento do sistema de supervisão de produção mineral.

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