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Brasil decide não encaminhar nota de protesto ao governo egípcio

O governo do Brasil recuou na decisão de encaminhar uma nota de protesto ao governo do Egito em decorrência do tratamento inadequado dispensado a jornalistas brasileiros e a um diplomata no país. O Ministério das Relações Exteriores informou hoje (8) que a decisão foi tomada porque a Embaixada do Egito no Brasil se desculpou ontem (7) dos atos cometidos por autoridades policiais.

O embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, afirmou à Agência Brasil que preparava uma queixa formal ao governo egípcio por causa da detenção e do constrangimentos vividos pelos jornalistas Corban Costa, da Rádio Nacional, Gilvan Rocha, da TV Brasil, e Luiz Antônio Araújo, do jornal Zero Hora. No mesmo documento, Melantonio Neto pretendia mencionar o caso do diplomata que foi impedido de ajudar brasileiros no Hotel Ramsés Hilton, no centro do Cairo.

Na nota divulgada nessa segunda-feira, a Embaixada do Egito lamentou a violência contra os jornalistas, impedidos, na semana passada, de fazer a cobertura dos protestos no país africano. Além de ter o equipamento apreendido, os dois ficaram detidos por 18 horas e depois receberam ordens para deixar o país.

“A Embaixada da República Árabe do Egito lamenta o caos a que os jornalistas brasileiros Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram submetidos”, diz a nota

O documento também afirma que “a Embaixada da República Árabe do Egito agradece ao governo e às pessoas da República Federativa do Brasil pelo apoio moral e político para a legitimação das aspirações do povo do Egito”.

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