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Brasil pode restringir exportações de arroz

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem (23) que o Brasil não vai atender ao pedido de exportação de 500 mil toneladas de arroz que recebeu de países sul-americanos e africanos, para este ano.

Ele decidiu convocar uma reunião com os empresários para restringir as exportações também no setor privado, uma vez que a produção nacional e os estoques reguladores podem ser insuficientes para atender à demanda do mercado interno. O encontro será amanhã (24), no ministério.

A produção estimada para a safra 2007/2008 é de 11,9 milhões de toneladas, mas o consumo poderá ser maior, chegando a 13,1 milhões de toneladas. No ano passado, o país importou 1,07 milhão de toneladas do produto e exportou 313 mil toneladas. 

Stephanes disse ainda que o governo pode adotar barreiras para impedir as exportações de arroz caso não haja acordo com o setor privado. Um dos objetivos da medida é evitar que o preço do produto suba no mercado interno, já que, com a alta dos preços do arroz no mercado internacional, o receio é de que os empresários prefiram vender para o exterior.

O ministro explicou que a disparada nos preços do produto, que aumentou 30% nos últimos dias, foi causada pelas barreiras impostas por países asiáticos às suas exportações. “Esses países, tendo aumentado muito seu consumo, e tendo problemas de oferta, estão segurando o arroz, ou não estão deixando exportar. Isso acabou gerando esse desequilíbrio”, justificou Stephanes.

O diretor do Departamento de Comercialização e de Abastecimento Agrícola e Pecuário do Ministério, José Maria dos Anjos, informou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem 1,3 milhão de toneladas estocadas. De acordo com o ministro, parte do montante dos estoques governamentais pode ser leiloado para tentar conter a alta dos preços do produto.

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