Brasileiros gastaram menos no exterior até julho
O valor é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 6,840 bilhões), mas o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, acredita que, com a retomada da atividade econômica, essas despesas vão aumentar.
Segundo Altamir, a elevação também deve ser observada nos gastos de estrangeiros em viagem no Brasil. Nos sete meses do ano, o valor chegou a US$ 3,012 bilhões, contra US$ 3,367 bilhões observados no mesmo período de 2008.
Com isso, a conta de viagens internacionais registrou deficit de US$ 2,487 bilhões de janeiro a julho de 2009, contra US$ 3,474 bilhões de igual período do ano passado. “Esse é um item [viagens internacionais] sensível a câmbio e também a renda”.
“À medida que o nível de atividade volta a ter comportamento mais benigno, com um câmbio mais apreciado, é de se esperar de fato dispêndios mais elevados. Por outro lado, esse comportamento também se observa na receita de viagens internacionais”, disse Lopes.
Somente no mês de julho, o deficit da conta de viagens foi de US$ 600 milhões, com gastos de estrangeiros no Brasil de US$ 445 milhões e despesas de brasileiros no exterior de US$ 1,045 bilhão. Neste mês, até o dia 25, a conta de viagens já registra deficit menor (US$ 383 milhões) do que em julho.
Dados preliminares de agosto revelam que os gastos de estrangeiros no Brasil estão em US$ 336 milhões e despesas de brasileiros no exterior, em US$ 718 milhões. Segundo Lopes, no mês de agosto os dados são afetados pelo do pagamento de despesas feitas com cartões de crédito nas viagens internacionais.