Buscas na Internet e Arsênio: detalhes do crime em Torres
O envenenamento por arsênio em Torres que causou a morte de três pessoas segue sendo investigado pela Polícia Civil.
A principal suspeita, presa temporariamente, é acusada de adicionar a substância tóxica a um bolo que foi servido durante um encontro familiar.
Novas evidências revelam que a mulher realizou pesquisas na internet sobre arsênio antes do crime, como confirmado pelo Tribunal de Justiça (TJ) à RBS TV.
Busca Online e Concentração Letal
De acordo com o TJ, relatórios preliminares apontam que a suspeita pesquisou termos como “arsênio” e similares, inclusive no Google Shopping.
Essas buscas ocorreram em novembro, antes do envenenamento. A análise forense revelou concentrações extremamente altas de arsênio nas três vítimas fatais, chegando a 350 vezes o limite letal em um dos casos.
Foram coletadas 89 amostras de alimentos e ingredientes na casa da suspeita, incluindo uma amostra de farinha com concentração elevada do veneno.
Polícia Aponta Intenção Clara
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o delegado Marcus Vinícius Veloso afirmou que há provas robustas contra a suspeita.
“Ela teve a intenção de cometer o crime. Foi um ato doloso”, declarou Veloso. A polícia agora investiga como a suspeita adquiriu o arsênio e quem seria o verdadeiro alvo do envenenamento.
A mulher, que é nora de Zeli dos Anjos — a responsável por preparar o bolo —, está presa temporariamente no Presídio Estadual Feminino de Torres. Ela responde por triplo homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio.
Vítimas e Estado Atual
As vítimas fatais foram as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e a filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos.
Outras duas pessoas que consumiram o bolo, incluindo Zeli dos Anjos, de 61 anos, e uma criança de 10 anos, também foram envenenadas. Zeli permanece hospitalizada em estado estável, enquanto a criança recebeu alta na última sexta-feira.
A defesa da suspeita informou que ainda não teve acesso integral ao processo e aguarda mais informações.
Investigação em Andamento
A polícia utiliza o prazo da prisão temporária, válido por 10 dias, para avançar na apuração.
Apesar das evidências contra a suspeita, o motivo do crime ainda não foi divulgado, para não comprometer o andamento do caso.
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