Caminhada pela Segurança mobiliza Capão da Canoa e Xangri-Lá
Os manifestantes saíram do Instituto Estadual Riachuelo, em Capão da Canoa, dirigindo-se até a Rua Pindorama, onde todos se reuniram em frente ao antigo Baronda. A iniciativa foi totalmente desvinculada de qualquer bandeira política. O número de assaltos, roubos, furtos, agressões, homicídios e até mesmo sequestro motivou a iniciativa, que teve cunho eminentemente pacífico. Além das pessoas da comunidade, organizações e entidades, destacando os chefes dos executivos de Capão da Canoa e Xangri-Lá, respectivamente Amauri Magnus Germano e Celso Bassani Barbosa, entre outras autoridades, participaram do evento e falaram ao público. Ao final da caminhada, foi lido um manifesto que deve ser encaminhado às autoridades estaduais para que tomem conhecimento da realidade vivida em Capão e Xangri-Lá
Informações repassadas por um dos vereadores de Capão dão conta que a defasagem no efetivo da Brigada Militar em Capão da Canoa é muito grande; aproximadamente de 50 %.
Pelo relato, o necessário para o Município são 59 policiais militares, mas há somente 31, faltando um mínimo de 28 PMs. Não muito tempo atrás, o Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar instalou-se em Capão da Canoa, com previsão de manter 29 policiais militares, enquanto na realidade há somente 9. Conforme informações obtidas junto à Delegacia de Polícia em Capão da Canoa, já são 18 homicidios consumados até o início desta semana no ano de 2011, mais 191 roubos e 61 prisões por tráfico, entre outras tantas ocorrências policiais registradas e não registradas.
Ainda na quinta-feira, autoridades da Secretaria de Segurança Pública realizaram uma Audiência Pública relâmpago, que mostrou-se inócua, enquanto isso na mesma noite, ironicamente, duas pessoas mais morreram, uma em Capão da Canoa e outra em Xangri-Lá, vítimas da violência. A caminhada ocupou as ruas do centro de Capão da Canoa no início da tarde de sábado.