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Campanha com taxistas incentiva o uso do cinto no banco de trás

Taxistas de todo o Estado passam a integrar a campanha de incentivo ao uso do cinto de segurança no banco traseiro dos veículos. A ação foi lançada no ponto da rodoviária de Porto Alegre, nesta terça-feira (05), o mais movimentado da Capital.

A iniciativa, que pretende sensibilizar os gaúchos para a importância do uso deste equipamento, é uma parceria do Detran com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Federação dos Taxistas e Transportadores Autônomos de Passageiros do RS (Fecavergs) e Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintaxi).

Durante o lançamento, o diretor-presidente em exercício do Detran/RS, Ildo Szinvelski, destacou a importância de conscientizar a população para o uso do cinto de segurança em todos os bancos do veículo, assim como a adesão do taxista, mantendo o equipamento disponível e solicitando seu uso pelo passageiro. Para o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, a avaliação do órgão é de que um maior uso do cinto no banco traseiro reduziria consideravelmente a gravidade das lesões nos acidentes de trânsito urbanos, evitando inclusive o choque contra o passageiro da frente.

O secretário estadual adjunto da Administração e dos Recursos Humanos, Leonardo Kauer, fez a entrega simbólica de um kit para o presidente da Fecavergs, Moacir Silva, que se encarregará da distribuição do material para os taxistas do interior do Estado. Foram produzidos nove mil kits contendo capa para encosto de cabeça do banco do passageiro, porta folder com ventosa para colar no vidro e folderes que lembram que usar o cinto reduz o risco de lesões entre 50% e 80%.

Além de reforçar a importância do uso do cinto, o folder ensina a maneira correta de usá-lo e reforça: o usuário tem o direito de exigir os equipamentos de segurança. Paralelamente, EPTC e entidades parceiras farão a sensibilização dos taxistas para deixar os cintos disponíveis e solicitar aos passageiros que utilizem o equipamento.

O cinto de segurança é comprovadamente eficaz em impedir a ejeção do ocupante e, também, em minimizar a ocorrência de graves lesões no tórax e na cabeça. Ao não usar o cinto no banco traseiro, o impacto maior do corpo do passageiro ocorrerá contra o encosto do banco dianteiro, o que pode acentuar os riscos de ferimentos graves também em quem está no banco da frente.

Uso do cinto é obrigatório para todos os passageiros

Muita gente não sabe, mas o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional. A infração a esse artigo – tanto por parte do condutor como do passageiro – sujeita o infrator a multa de R$ 127,69, além de 5 pontos no prontuário da CNH e retenção do veículo até colocação do cinto em todos os ocupantes. Ainda segundo o CTB, o condutor é responsável por garantir que todos os passageiros do veículo usem o dispositivo.

Uma pesquisa feita no ano de 2011, em São Paulo, pela companhia que gerencia o trânsito (CET), que analisou mais de 10 mil veículos naquela capital, mostrou que 96% dos motoristas estavam com o cinto de segurança. Em compensação, apenas 21% dos passageiros adultos do banco de trás utilizavam o equipamento. Entre as crianças que utilizavam cinto no banco de trás, o índice sobe para 54%.

No Rio Grande do Sul, em 2010 foi registrado mais de 108 mil infrações por deixar o condutor ou os passageiros sem o uso do cinto de segurança. Em 2011, foram cerca de 127 mil. Somente em 2012 – até abril – já foram registradas quase 47 mil infrações de condutores e passageiros sem cinto.

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