Campanha vai alertar homens sobre importância de freqüentar consultórios médicos
Pesquisa feita com as sociedades médicas brasileiras mostrou que os homens não costumam freqüentar os consultórios e que para isso eles enfrentam três barreiras – culturais, institucionais (empresas) e médicas. Foram ouvidos cerca de 250 especialistas de todas as regiões do país, explicou Cavalcanti.
De acordo com ele, para que haja uma mudança de comportamento masculino é necessário trabalhar o aspecto cultural e é fundamental que a sociedade reformule o conceito de masculinidade.
Outra ajuda importante destacada pelo coordenador é a participação das empresas, com a criação de programas que estimulem os funcionários a ir ao médico. “Em geral, eles não querem deixar o horário de expediente para ir ao consultório, acham perda de tempo. O homem considera que o serviço médico é para pessoas frágeis e acaba inventando várias desculpas para não ir. Eles se acham imunes às doenças”, explicou.
Segundo o coordenador, o levantamento mostrou que os homens não são ouvidos nos consultórios, por isso freqüentam pouco o local. Identificou também a falta de estratégia para sensibilizá-los e atraí-los aos consultórios, mostrando que muitas vezes eles se sentem intimidados com a presença do médico.
O levantamento identificou ainda que entre as doenças que mais matam o homem até os 40 anos estão as causas externas (violência e agressões). Depois dos 40 anos estão, em primeiro lugar, as doenças do coração e, em segundo, as neoplasias, principalmente do aparelho respiratório e da próstata.
Uma das soluções apontadas para facilitar o atendimento ao público masculino é a criação de centros de check up exclusivos.