Câncer de mama mata quase mil mulheres por ano no RS
Pelo menos 5 mil novos casos de câncer de mama surgem no Rio Grande do Sul a cada ano, dos quais 1.140 somente em Porto Alegre. No Estado, morrem anualmente 980 mulheres, das quais 230 na Capital. Os números foram divulgados na manhã desta quarta-feira (11) durante o lançamento da Semana da Luta Contra o Câncer de Mama, que ocorre de 11 a 18 de julho, numa promoção do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama) e da Assembléia Legislativa, no Salão Júlio de Castilhos.
O presidente do Parlamento gaúcho, deputado Frederico Antunes (PP), lembrou que a Assembléia participa ativamente de atividades preventivas que iniciaram com o lançamento do protocolo de intenções para implantação de ações de planejamento familiar. “Depois disso, participamos de ações preventivas ao câncer bucal e, em breve, seremos parceiros para estimular exames preventivos do câncer infantil, da diabetes e para destacar a importância do aleitamento materno”, afirmou.
Antunes destacou que é preciso acabar com o temor em torno dos exames preventivos “e dar lugar à coragem e à determinação para antecipar-se às conseqüências que estas moléstias provocam”. O presidente da Assembléia lamentou que a manutenção da falta de ânimo em evitar os exames preventivos tenha um custo muito elevado. “É um custo de vidas humanas que são perdidas por absoluta falta de iniciativa, já que dispomos dos instrumentos para se evitar esta tragédia”, lamentou.
A presidente do Instituto da Mama, Maira Caleffi, disse que a instituição não luta para que os municípios adquiram máquinas. “O que estimulamos é a compra de serviços qualificados, já que muitas vezes há dificuldades de manutenção dos mamógrafos ou, em alguns casos, os caixotes que contêm estes equipamentos sequer são abertos ou faltam profissionais para operá-los”, acrescentou.
Maira Caleffi lamentou que o Rio Grande do Sul é o estado que registra o maior índice de mortalidade de câncer de mama. E o pior: “Os percentuais crescem a cada ano e isso é muito grave”, advertiu. Outro dado alarmante revela que, no RS, registra-se uma cobertura do exame de mama de apenas 55% entre mulheres de 40 a 69 anos. “Para reverter as estatísticas precisaríamos de uma cobertura ao menos superior a 75%”, revelou.
A primeira-dama de Porto Alegre, Isabela Fogaça, revelou que a prefeitura está atenta ao problema e cedeu um terreno, localizado no bairro Menino Deus, para a construção da sede do Imama. “É o resultado de um esforço conjunto que visa a minimizar o drama que representa o câncer de mama no Rio Grande do Sul”, afirmou.
Participaram do lançamento desta manhã no Salão Júlio de Castilhos as deputadas Kelly Moraes (PTB), Silvana Covatti (PP) e Zilá Breitenbach (PSDB).