Canil do 8º BPM em Osório: faro aguçado no combate à criminalidade
Em funcionamento desde 1993, o canil do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) tem seis cachorros que são treinados por três brigadianos para atuação em atividades de policiamento ostensivo. Situado em Osório, é um dos destaques da 47º Operação Golfinho. Nessa edição da operação, os cães e a equipe atuam em fiscalizações nas rodoviárias e nos transportes coletivos, com intuito de coibir o tráfico de entorpecentes e o porte ilegal de armas, bem como, a procura de foragidos no litoral.
Os cachorros das raças Pastor Alemão, Pastor Belga de Malinois e Labrador têm idade de seis meses a 10 anos e são empregados em operações em todo litoral. Nas ações, os caninos participam das abordagens em bares e estabelecimentos comerciais, buscas pessoais e barreiras de trânsito. O cão treinado para farejar ou guarda e proteção através de comandos, é sociável e se comporta de maneira dócil e afetiva com a comunidade.
Em uma das ações do canil, a labradora Lola, farejadora, atuou na fiscalização de transportes coletivos interestaduais em Osório, no ônibus com destino ao Rio de Janeiro, foram localizadas em uma mochila, porções de maconha. Segundo do tenente-coronel Fernando de Oliveira Linch, comandante do 8º BPM, “o papel do canil é fundamental na localização das drogas, eles são utilizados nas atividades da Operação Avante, bem como nas ações integradas. Os resultados estão sendo positivos desde a primeira semana da Operação Golfinho, onde drogas foram localizadas e foragidos recapturados.”
As raças são escolhidas pelo faro ser mais apurado, comparando com outras raças. A escolha do animal acontece na própria ninhada, onde os mais curiosos e persistentes são selecionados. O treinamento é feito ainda quando o cão é filhote. O cachorro é adestrado por um ano e meio de modo lúdico, para depois ser utilizado na atividade policial. “Para o cachorro, o treinamento é uma brincadeira, ele se diverte. O vínculo de cão/treinador é muito forte, tanto que a Lola, ao se aposentar, vai me acompanhar para minha casa”, relata o sargento João Alberto da Trindade Beck, um dos cinófilos responsáveis pelas atividades do canil.
Kelly Denz Motter