Capão da Canoa lidera número de salvamentos no mar no Litoral
No transcorrer dos sessenta dias da 47º Operação Golfinho, o que contabiliza mais de dois terços do período da operação, a qual iniciou no dia 17/12/2016, já foram registrados 1133 salvamentos, com uma média de 19 salvamentos por dia, abaixo da média diária dos últimos 10 anos que totaliza 22 salvamentos diários. A praia com maior índice de ocorrências é Capão da Canoa com 196 salvamentos. Porém, as guaritas que concentram o maior índice de salvamentos são as guaritas 11 e 02 de Torres, com 27 e 26 salvamentos realizados, respectivamente, e em 3° lugar está a guarita 73 de Capão da Canoa, com 23 salvamentos.
A data de 22 de janeiro (domingo) registrou o maior número de salvamentos, com um total de 141, superando o domingo, feriado de ano novo que registrou 123 ocorrências. Destes, 125 ocorreram no litoral norte, onde o maior número foi em Torres com 28 salvamentos; 11 no litoral sul, sendo todos na cidade de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar; e 05 em águas internas (São Jerônimo, Balneário Pinhal e Rosário do Sul).
Teve outros dias atípicos como 21/01 (sábado) com 100 salvamentos, dia 08/01 (domingo) com 87 salvamentos e dia 12/01 (quarta-feira) com 51 salvamentos registrados. Nos demais dias, foram realizados entre 02 e 37 salvamentos.
Fazendo um comparativo com a média das dez temporadas passadas – 22 salvamentos/dia, percebe-se uma redução de 14,17% no mesmo período.
No entanto, comparando com a edição anterior (Op. Golf 2015/16), que totalizava em seu 60° dia um total de 748 salvamentos, percebe-se que houve um aumento de 34% no número de ocorrências do mesmo período, totalizando até o momento um total de 1133.
Entretanto, cabe destacar que o período de veraneio passado foi atípico, com uma considerável redução de salvamentos. Embora não se possa afirmar, estima-se que tal redução deve-se a fatores climáticos, com chuvas intensas e bastante vento, infestação de águas vivas e intervenções preventivas. Para o tenente coronel Marcelo Maya, Coordenador da 47º Operação Golfinho, “a diminuição histórica no índice de salvamentos, mesmo que lenta, está relacionada diretamente às intervenções preventivas dos salva-vidas.
Eles priorizam a orientação e educação do banhista. O salvamento somente ocorre quando não foi possível constatar a situação de risco, normalmente quando o banhista está mais afastado da guarita. Assim, vamos criando, paulatinamente, uma cultura social com base em ações e atitudes voltadas a prevenção, que sem dúvida, tem ajudado muito a reduzir as ocorrências de salvamentos nos últimos anos”.
Até o momento foram registrados 8 óbitos em locais balneáveis, no entanto sem o posto de salva-vidas instalado ou distante deste, e 41 óbitos em locais não balneáveis, ou seja, rios, barragens, açudes e outros espaços não supervisionados por salva-vidas.
Somente neste verão, já foram registradas mais de 70.000 intervenções preventivas, sejam elas verbais ou através do apito, que os salva-vidas realizam quando percebem que um banhista está próximo a algum local de risco, seja vala, buraco ou repuxo (correntes de retorno). O local com maior número de intervenções foi Imbé, que abrange as praias de Imbé Sul e Imbé Norte, representando 12,1% do total realizado até o momento.
Além das atividades operacionais dos salva-vidas, o Corpo de Bombeiros Militar desenvolve o programa de educação preventiva ‘Salva-vidas Mirim’ com objetivo principal de formar uma cultura social prevencionista, formando uma consciência solidária e de respeito à vida, além de desenvolver ensinamentos e aprendizados práticos e teóricos das atividades desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros. O projeto Salva-vidas Mirim, que já capacitou 1926 crianças nesse verão, foca suas ações na segurança relacionada aos mais diversos acidentes, principalmente a afogamentos e aos cuidados relevantes ao contato com a água (mar, piscina, rios, lagoas etc.), tornando os participantes multiplicadores e dissipadores do conhecimento.
Foi realizado também no litoral sul, o projeto de educação preventiva Surf-Salva, que consiste em orientações aos surfistas do litoral sobre particularidades e perigos no mar, e o atendimento que poderá ser prestado a uma vítima de afogamento. O surfista é o visitante mais assíduo de nossas praias, e embora na maioria das vezes sem nenhum treinamento, ele acaba se envolvendo e auxiliando nos salvamentos. Assim, com tal capacitação, torna-se mais um parceiro na missão de salvar vidas.