Ceclimar emite nota após eutanásia de baleia no Litoral Gaúcho
O Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), emitiu nota sobre o encalhe de uma baleia que precisou passar pelo processo de eutánasia, no Litoral Gaúcho, na última semana.
Veja abaixo na íntegra.
“Na noite de quarta-feira (27.02.2019), o CECLIMAR foi informado sobre o encalhe de uma baleia em Mostardas, 23 km ao sul do Farol de Dunas Altas.
Uma equipe foi ao local no dia na madrugada do dia 28.02.2019. “Tratava-se de uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), macho, com 12,75 metros e 25 toneladas”, relata Janaína Wickert, bióloga e técnica do CECLIMAR/UFRGS.
Após a avaliação clínica, devido à debilidade do animal, definiu-se pela eutanásia.
Entramos em contato com o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e Comando Ambiental da Brigada Militar solicitando auxílio no atendimento ao encalhe.
Nos dias 28 de fevereiro e 01 de março a equipe envidou esforços para a compra dos anestésicos junto ao IBAMA, pois a quantidade do medicamento necessária era bastante grande devido ao tamanho do animal.
No dia 01 de março, entramos em contato com a Associação R3 animal, de Florianópolis, solicitando auxílio para a realização do procedimento, devido à expertise de membros da equipe e, no dia 02 de março, foi realizada a eutanásia do espécime.
“Dependíamos da tábua de maré, pois precisávamos de maré baixa para a realização do procedimento e para trabalharmos com segurança”, relata Derek Blaese, médico veterinário do CECLIMAR/UFRGS.
A equipe do Setor de Patologia Veterinária da UFRGS deslocou-se até o local para auxiliar na necropsia do espécime no domingo, mas devido às condições do mar e a falta de disponibilidade de equipamento com capacidade em atender a demanda, não foi possível retirar a baleia da água, impossibilitando a realização do procedimento.
“Na segunda-feira, a empresa Darcy Pacheco e a prefeitura de Mostardas, sob coordenação da Secretaria do Meio Ambiente e com apoio da Secretaria de Obras e Agricultura, nos disponibilizou os equipamentos necessários para a realização da retirada do animal da água.” relata Magnus Severo, analista ambiental e médico veterinário do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.
A retirada do animal do mar e a necropsia foram feitas na terça-feira. ”A necropsia ficou comprometida devido ao estado avançado de decomposição do animal. Mesmo assim, material biológico foi coletado para tentarmos definir qual a causa de encalhe e debilidade da baleia” relata Derek. A prefeitura de Mostardas também foi responsável pela destinação da carcaça junto à FEPAM.
O CECLIMAR e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe agradecem imensamente todos os envolvidos neste encalhe.
Centros de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos/Campus Litoral Norte/UFRGS e Parque Nacional da Lagoa do Peixe/ICMBio”.