Chances são remotas de sobreviventes no avião da Gol
A Aeronáutica, Anac e Infraero confirmaram que, por volta das 13h30 deste sábado, dois militares especializados em busca e resgate conseguiram descer em uma área próxima aos destroços do Boeing 737-800 da Gol, localizado 200 km a sudeste do município de Peixoto de Azevedo. De acordo com o site Só Notícias, os dois militares abriram uma clareira para permitir a descida de helicópteros. No começo da noite, foram divulgadas as primeiras fotos do local do acidente.
O resgate das vítimas (a Infraero considera remotas as chances de haver sobreviventes) só começará na manhã deste domingo. Havia 155 pessoas a bordo.
O acesso é difícil, e os militares tentam abrir uma clareira na densa vegetação para facilitar a operação com helicópteros. Dois pára-quedistas também foram lançados de uma aeronave para avaliar a área e preparar uma pista de pouso, segundo nota oficial.
A Aeronáutica informou que estão envolvidos na operação cinco helicópteros, quatro aviões e uma aeronave com UTI aérea, que aguarda para fazer resgate na região da Serra do Cachimbo.
Uma comissão que vai investigar as causas do acidente já está no local. Além deles, dois pára-quedistas foram lançados para apoiar os trabalhos. Até o momento, não é possível indicar a existência ou não de sobreviventes. Quatro helicópteros e outros cinco aviões sobrevoam a região. Além disto, na área de Serra do Cachimbo há uma aeronave equipada com UTIs.
Quanto ao acidente com a aeronave Legacy, sabe-se apenas que ela recebeu licença para seguir, na sexta à tarde, da fábrica em São José dos Campos (SP) para os Estados Unidos, passando por Manaus. A nota diz ainda que qualquer informação sobre a colisão entre as duas aeronaves é mera especulação.
Leia o comunicado da FAB na íntegra:
O Comando da Aeronáutica informa que, por volta das 13h30, como parte da operação militar, dois militares especializados em busca e resgate desceram em uma área próxima aos destroços para abrirem clareira em meio à densa vegetação, a fim de prepararem um local para a operação dos helicópteros.
A Aeronáutica esclarece ainda que, ontem às 16h48m, foi perdido o contato radar com a aeronave sinistrada, que estava cumprindo o vôo 1907 entre Manaus e o Rio de Janeiro, com escala em Brasília e com 155 pessoas a bordo.
Após esse fato, os procedimentos de verificação foram iniciados e os meios de busca foram acionados. Durante toda a madrugada, 2 aeronaves R-99, com capacidade de busca de sinais eletrônicos permaneceram no ar, enquanto as demais iniciaram os deslocamentos para a pista mais próxima ao local do acidente. Também foram estabelecidos dois gabinetes de gerenciamento de crise, um em Brasília e outro no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, na Serra do Cachimbo, sul do estado do Pará.
Estão participando da operação as seguintes aeronaves: 2 helicópteros H-1H, 2 helicópteros H-60 Black Hawk, sendo um do Exército Brasileiro, 1 helicóptero H-34, 2 aeronaves R-99, 1 SC-95 Bandeirante, com capacidade de busca e 1 C-130 Hércules, que decolou do Rio de Janeiro conduzindo equipes de resgate especialmente treinadas para ações em locais de difícil acesso. A Força Aérea Brasileira acrescenta que uma aeronave C-97, equipada como UTI aérea, está em prontidão, na região de Cachimbo, para prestar todo apoio que se fizer necessário.
Na manhã de hoje, sábado, todos os meios aéreos já estavam no local engajados nas operações de busca, que envolvem mais de 200 militares do Comando da Aeronáutica. Até o momento, as aeronaves empregadas já voaram cerca de 100 horas.
A comissão para investigação do acidente aeronáutico já se encontra no local e iniciou os trabalhos para apurar os fatores que contribuíram para o acidente.
O Comando da Aeronáutica está trabalhando em total colaboração com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para que todos os esclarecimentos necessários sejam prestados.