“O governo venezuelano mantém a convicção na força ética do povo e do governo do Irã”, diz o documento. As informações são da imprensa oficial da Venezuela, a Agência Bolivariana de Notícias (ABN).
“O governo bolivariano reafirma seu apoio incondicional para as legítimas aspirações do povo do Irã à energia nuclear para fins pacíficos e condena esse novo ato [as sanções impostas pelo Conselho de Segurança] que visa a impedir a marcha [do Irã] rumo ao desenvolvimento e bem-estar”, diz a nota.
Em seguida, o comunicado afirma que “[a decisão do Conselho de Segurança] ignora os esforços desenvolvidos pelos países de boa vontade [o Brasil e a Turquia, que atuaram como intermediadores do processo] para chegar a um acordo com Teerã para a cooperação sem precedentes nucleares. O Conselho de Segurança ataca novamente contra a dignidade da nação persa”.
Para o governo Chávez, o Conselho de Segurança trata de forma diferenciada o Irã e Israel. “Essa decisão incomum veio poucos dias depois que o Estado de Israel provocou um massacre em águas internacionais [referindo-se ao ataque à frota de navios de carregamento de ajuda humanitária destinado à Faixa de Gaza], sem que o Conselho de Segurança tivesse sido capaz de condenar o país agressor, revelando que Israel não tem a ética e a legitimidade necessárias para garantir uma representatividade verdadeira, paz e justiça no mundo.”
Dos 15 países que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas, 12 votaram na manhã de ontem a favor das sanções. Somente o Brasil e a Turquia foram contrários, enquanto o Líbano se absteve. Para grande parte da comunidade internacional, o programa nuclear iraniano é uma ameaça, pois esconderia a produção de armas atômicas.