Chope de pitaia: a bebida exótica que surge no RS
O chope de pitaia, vem ganhando destaque no agronegócio gaúcho com o crescimento da produção da fruta exótica.
Com o aumento das plantações no Estado, agricultores passaram a buscar novas formas de rentabilizar a colheita, e uma das mais recentes inovações foi apresentada em Itatiba do Sul, no Norte do RS: um chope artesanal feito à base de pitaia.
A novidade surgiu na propriedade de José Cavalli, que sediou a abertura oficial da safra gaúcha da fruta.
Em parceria com a Ágape Cervejaria, de Barão de Cotegipe, o produtor encontrou uma alternativa criativa para agregar valor à produção e evitar desperdícios.
O objetivo é transformar a bebida em uma nova fonte de renda, capaz de impulsionar ainda mais o setor.
Expansão do cultivo e inovação
Além da pitaia, a família Cavalli cultiva milho, abacate e citros para comercialização.
Entretanto, a produção da fruta exótica tem ganhado cada vez mais espaço na propriedade. Nesta safra, foram colhidas seis toneladas, um aumento de 30% em relação ao ano anterior, sendo todas as frutas orgânicas.
Cerca de 80% da colheita é vendida diretamente ao consumidor, enquanto o restante é destinado a mercados, feiras e indústrias.
No entanto, a intenção do produtor é reduzir essa fatia e investir ainda mais na diversificação de produtos à base de pitaia, consolidando o chope como um carro-chefe.
Cultivo da pitaia no RS em crescimento
Segundo o último levantamento da Emater, realizado em 2023, o Rio Grande do Sul possui 276 agricultores dedicados ao cultivo da pitaia, espalhados por 144,5 hectares.
No entanto, o gerente técnico estadual adjunto da Emater/RS-Ascar, Luís Bohn, estima que essa área já tenha atingido 200 hectares.
— Ainda é uma cultura em expansão, mas já há produtores que dependem exclusivamente do cultivo da pitaia — destaca Bohn.
Chope de pitaia
Com a crescente adesão ao plantio e o surgimento de novos produtos derivados, como o chope de pitaia, a expectativa é que a fruta conquiste ainda mais espaço no mercado gaúcho, tornando-se uma alternativa viável para pequenos e médios agricultores que buscam inovação e rentabilidade.
