Chuva excessiva no Rio Grande do Sul coloca o estado em alerta máximo nesta semana.
A MetSul Meteorologia alerta que diversos municípios gaúchos podem registrar volumes de precipitação entre 150 mm e 300 mm, o que representa até 200% da média histórica de junho, com risco elevado de alagamentos, transbordamentos de rios e enchentes.
Um padrão de bloqueio atmosférico persistente manterá uma frente semi-estacionária e uma área de baixa pressão sobre o estado, provocando chuvas consecutivas e intensas a partir desta segunda-feira (16), com pico de instabilidade previsto para terça (17) e quarta-feira (18).
A chuva dos próximos dias é a continuidade da instabilidade do fim de semana, que já causou volumes acima de 100 mm no Centro-Oeste gaúcho e mais de 50 mm em cidades do Sul do estado.
A previsão indica instabilidade diária e acumulados extremamente elevados, com risco acentuado de transtornos em áreas urbanas e rurais, incluindo queda de barreiras e deslizamentos de terra.
Na terça-feira, a chuva será generalizada, com destaque para o Oeste, Centro e Sul, onde os volumes podem superar 150 mm em algumas localidades.
Na quarta-feira, a instabilidade se espalha pelo estado, atingindo quase todas as regiões, exceto pontos isolados do Norte. Os acumulados devem variar entre 50 mm e 100 mm em muitas cidades.
Na quinta-feira, a instabilidade se concentra entre a faixa central e a Metade Norte, com pancadas moderadas a fortes.
A Metade Sul deve ter tempo mais firme. Já na sexta-feira, uma nova baixa pressão trará mais chuva e vento especialmente para o Centro, Leste e Nordeste gaúcho.
A capital Porto Alegre e a Região Metropolitana também estão sob risco. Modelos indicam volumes entre 100 mm e 200 mm na região, ultrapassando com folga a média de junho de 130,4 mm, com possibilidade de cheia do Guaíba e alagamentos nas ilhas.
Os rios com maior risco de transbordamento incluem:
Uruguai, Ibicuí, Ijuí, Vacacaí, Ibirapuitã e Quaraí (Oeste e Noroeste);
Jacuí e Rio Pardo (Centro);
Caí e Taquari (Metade Norte).
Chuva excessiva no Rio Grande do Sul
A MetSul reforça que, apesar da gravidade do cenário, ele não se compara à tragédia climática de maio de 2024, considerada um evento extremo e com baixa recorrência histórica.