Chuva no Rio Grande do Sul volta a ganhar protagonismo a partir do fim desta semana, encerrando o breve período de frio intenso e tempo firme que marcou os últimos dias.
De acordo com a MetSul Meteorologia, uma longa sequência de instabilidade está prestes a se instalar sobre o Sul do Brasil, com destaque para os elevados volumes previstos no território gaúcho.
A análise de diversos modelos numéricos internacionais — incluindo projeções do centro europeu, canadense, britânico e alemão — indica um cenário preocupante: acumulados de precipitação que podem ultrapassar os 100 mm em boa parte do estado, com registros isolados superiores a 200 mm ao longo da próxima semana.
Embora a quinta-feira (12) e a maior parte da sexta-feira (13) ainda mantenham condições de tempo seco e firme, os meteorologistas alertam que o panorama muda radicalmente ao final do dia de sexta, especialmente na Metade Oeste do Rio Grande do Sul, onde pancadas isoladas já podem ocorrer.
A instabilidade se intensifica significativamente no fim de semana, afetando os três estados da Região Sul.
Chuva no Rio Grande do Sul
No entanto, os modelos sinalizam que o Rio Grande do Sul será o mais atingido, tanto em abrangência quanto em volume de chuva. No sábado (14) e domingo (15), precipitações generalizadas devem cobrir amplamente o estado.
Mas o cenário úmido não se restringirá apenas ao fim de semana. Já na segunda-feira (16), nuvens carregadas devem voltar a se formar em diversos pontos da Região Sul, especialmente no Oeste, mantendo o padrão de instabilidade prolongada.
Na terça-feira (17), os acumulados podem superar os 50 mm em 24 horas em vários municípios gaúchos, o que aumenta o alerta para possíveis transtornos urbanos e rurais.
A quarta-feira (18) deve repetir o padrão, com chuva persistente, localmente forte, e acumulados diários que também podem ultrapassar os 50 mm em diversas localidades.
As simulações dos modelos, embora ainda divirjam em relação às áreas mais afetadas, são quase unânimes em apontar o Rio Grande do Sul como o epicentro da instabilidade no Sul do país.
As projeções reforçam a possibilidade de transtornos, como alagamentos pontuais, inundações urbanas e elevação de níveis de rios.
Embora ainda não haja consenso sobre quais bacias hidrográficas correm maior risco de cheia, a tendência de altos volumes em curto espaço de tempo já acende um sinal de alerta.
O acumulado de água no solo e a sequência de dias chuvosos também elevam o risco de deslizamentos em áreas de encosta e interrupções em rodovias.
A recomendação dos meteorologistas é que a população acompanhe atentamente as atualizações da previsão do tempo e siga orientações da Defesa Civil local.
A MetSul Meteorologia seguirá atualizando suas análises diariamente diante do cenário de instabilidade persistente e volumes extremos de chuva no Rio Grande do Sul.