Ciclone Extratropical gera ressaca no Litoral
O Litoral Norte do Rio Grande do Sul enfrentou a segunda noite consecutiva de forte ressaca causada por um ciclone extratropical. Apesar da intensidade, não há registro de danos significativos.
A forte ondulação também afetou o Sudeste do Brasil, movendo-se para o Norte.
Esse fenômeno é comum ao longo da costa brasileira, especialmente durante o outono, inverno e primavera, quando ciclones no Atlântico e massas de ar frio estão presentes.
A ressaca atual, embora intensa, não é suficientemente forte para causar erosão costeira ou grandes estragos.
A ressaca não se restringe ao litoral do Sul do Brasil, estendendo-se frequentemente às praias do Sudeste, incluindo os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em casos extremos, a agitação marítima pode alcançar o litoral da Bahia.
O swell (ondulação) observado é resultado de um enorme ciclone extratropical a cerca de três mil quilômetros ao sudeste do Rio Grande do Sul, nas ilhas Geórgia do Sul, próximas à Antártida.
Este ciclone, devido à sua distância, não representa perigo direto para o território gaúcho.
Modelos meteorológicos indicam que a pressão mínima central do ciclone está abaixo de 950 hPa, caracterizando uma tempestade marítima de grande intensidade. Por isso, a ondulação se espalha por uma vasta área do Atlântico Sul, alcançando milhares de quilômetros e atingindo as praias do Sul e Sudeste do Brasil.
A ressaca gerada pelo ciclone não terá impacto significativo nas enchentes, exceto por retardar a entrada de águas da Lagoa dos Patos no canal em Rio Grande. As regiões de Guaíba e os rios da Grande Porto Alegre não são afetados diretamente pelo oceano.
Em Capão da Canoa, no Litoral Norte gaúcho, a MetSul Meteorologia capturou imagens da ressaca na última noite, mostrando as águas cobrindo a faixa de areia e atingindo quiosques e a parede do calçadão.
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