Ciclone subtropical Akará no litoral do RS: veja as projeções atualizadas
Um ciclone subtropical está em processo de formação no litoral brasileiro.
A Marinha do Brasil informou que o sistema encontrava-se à 0Z deste sábado com pressão mínima central de 1008 hPa nas coordenadas 24.5ºS e 39ºW, ao Sul do Rio de Janeiro, com tendência de deslocamento para Sul.
Os ventos máximos estimados estavam ao redor de 60 km/h.
A previsão é que o sistema se aprofunde no decorrer deste fim de semana e se transforme numa tempestade subtropical, sendo batizado com o nome de Akará, uma espécie de peixe na língua Tupi, ao atingir essa condição.
É importante ressaltar que ciclones tropicais e subtropicais que se formam na costa brasileira acabam sendo nomeados a partir do momento que atingem a condição de tempestade, com ventos sustentados acima de 63 km/h, diferentemente dos ciclones extratropicais, que não recebem nomes.
A tempestade subtropical Akará será o primeiro ciclone na costa do Brasil a ser nomeado em quase dois anos.
A última vez em que um ciclone atípico foi batizado em nossa costa foi em maio de 2022, quando a tempestade Yakecan se formou e atingiu o Uruguai e o Sul do Brasil com estragos e duas vítimas fatais.
O entendimento da MetSul Meteorologia segue que este ciclone pode passar de sistema subtropical para tropical, mesmo que temporariamente, nos próximos dias.
Em se confirmando a tendência, seria uma tempestade tropical (vento sustentado de 63 km/h a 118 km/h), e manteria o nome Akará.
Os modelos de previsão do tempo indicam uma trajetória da tempestade Akará a uma grande distância do litoral do Sul do Brasil, sem se aproximar muito da faixa costeira.
Embora haja uma divergência em um dos modelos, que indica o ciclone atingindo a faixa costeira na altura do Rio Grande do Sul, os prognósticos mundialmente costumam levar em conta o que os demais modelos indicam, notadamente o modelo do Centro Meteorológico Europeu.
Diante do conjunto médio de simulações computadorizadas atualizadas, a tendência segue sendo de baixo risco para áreas em terra firme no Sul do Brasil diante da passagem desta tempestade atípica a Leste do Sul do Brasil, como os maiores riscos para a navegação na costa do Sul do país.
Recomenda-se ficar atento aos prognósticos ante a suscetibilidade de mudanças de projeções neste tipo de sistema meteorológico.
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