Ciro Simoni defende a reforma política
Simoni, que assumiu a 7ª cadeira do seu partido no Parlamento gaúcho no último dia 25 de janeiro, também manifestou sua emoção ao cumprir novo mandato, e poder reafirmar seus ideais, convicções e compromissos que sempre nortearam sua trajetória política, desde que elegeu-se como vice-prefeito de Osório, em 1985, ao lado do então prefeito Ângelo Guasselli. Citando o sociólogo Boaventura de Souza Santos, disse que “a democracia brasileira não está consolidada e que é crucial a luta contra a corrupção”.
Em seu pronunciamento, o pedetista afirmou que a reforma política deve ser uma das prioridades no País, e assim, propôs que sejam examinados quais os pontos que devem ser objeto de mudanças na referida reforma política e que não foram inseridos nas deliberações do Parlamento brasileiro em 2009. Ele salientou que não se trata de realizar alterações na legislação eleitoral, o que representaria invasão das disposições constitucionais, mas que a Assembléia Legislativa gaúcha prestaria grande serviço ao fazer um trabalho de conscientização à sociedade e propiciar aos partidos políticos representados que se manifestem sobre o que adotar para aperfeiçoar as regras de maior transparência durante a campanha eleitoral deste ano.
O deputado chamou atenção para a evolução dos sistema eleitoral brasileiro, “através da fiscalização e da implantação da urna eletrônica, tornado o processo um dos mais respeitáveis do mundo, sobretudo pela agilidade e segurança na proclamação dos resultados”. Ressaltou, também, o aperfeiçoamento das regras eleitorais e a atuação da Justiça Eleitoral brasileira, especialmente no que diz respeito “à proibição de mudança de filiação partidária, prática comum na recente da política brasileira, que atentava contra os interesses e a vontade do eleitor”.
Simoni observou que o PDT tem a fidelidade partidária como princípio básico de sua orientação política, e, neste sentido, lembrou o legado deixado por políticos como Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, “todos com passagem no Parlamento gaúcho, e construtores do ideário trabalhista”. Declarou, por fim, que a todos os políticos compete o compromisso de elaborar políticas públicas, mas acima de tudo, cabe a responsabillidade de zelar pelos princípios republicanos na gestão da coisa pública.
Manifestaram-se em aparte, representando as bancadas da Casa, os deputados Cassiá Carpes (PTB), Miki Breier (PSB), Adão Villaverde (PT), Raul Carrion (PCdoB), Leila Fetter (PP), Nelson Marchezan Jr. (PSDB), Adroaldo Loureiro (PDT), Luiz Fernando Záchia (PMDB), Luciano Azevedo (PPS) e Marquinho Lang (DEM).